quarta-feira, 22 de julho de 2020

OPERADORES TURÍSTICOS DA GUINÉ-BISSAU PEDEM APOIOS AO GOVERNO

O secretário-geral da associação de operadores turísticos da Guiné-Bissau, Orlando Pinto, afirmou hoje que a classe precisa de apoios e isenções de alguns compromissos por parte do Governo para superar as dificuldades provocadas pela covid-19. 

Orlando Pinto fez uma “radiografia negra” da situação de empresas e agentes do setor do turismo, sobretudo a partir do momento em que as autoridades da Guiné-Bissau decretaram estado de emergência sanitária para evitar o alastramento de contágio pelo novo coronavírus no país, em março.

Hotéis, restaurantes, casas de diversão, bares e agências turísticas tiveram de fechar as portas e alguns mantiveram-se abertos, mas sem clientes, assinalou Orlando Pinto, realçando que em todas as situações há custos a pagar.

Atualmente, a associação tem em curso um processo de recenseamento dos operadores turísticos na Guiné-Bissau, mas para já estão inscritas 300 empresas e todas aguardam pelos apoios do Governo, notou Orlando Pinto.

De acordo com o secretário-geral da associação, algumas empresas têm a pagar rendas e eletricidade, salários dos funcionários, Segurança Social e impostos.

“Como fazer face a todas estas despesas”, questionou Orlando Pinto, que pede ao Governo que as isente de pagar impostos e contas da eletricidade e suspenda as contribuições da Segurança Social.

O responsável vê no horizonte uma onda de despedimentos no setor turístico guineense, daí que pede ajuda internacional, por reconhecer que a Guiné-Bissau “não tem como fazer face” aos problemas provocadas pela pandemia no setor.

A Guiné-Bissau tem registo de 1.949 infetados com a covid-19 e 26 mortos.

Em África, há 15.600 mortos confirmados em mais de 746 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 616 mil mortos e infetou quase 15 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Conosaba/Lusa

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