O elevador da Glória, que liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, num acidente que provocou pelo menos 15 mortos, avançou fonte oficial da PSP. As causas ainda estão por apurar.
O acidente provocou também 18 feridos. Em declarações no local, fonte do INEM disse que cinco dos feridos estão em estado grave. A CNN Portugal apurou que um dos 18 feridos é uma criança de três anos do sexo masculino - que não está em estado grave.
Pelo menos sete dos feridos foram reencaminhados para o Hospital de São José, disse fonte oficial. O Hospital de Santa Maria e o Hospital de São Francisco Xavier também receberam feridos. Não se sabe ainda quais as nacionalidades das vítimas.
A CNN Portugal sabe que a Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária foi acionada para investigar as causas do acidente e que o Ministério Público vai abrir um inquérito ao incidente no DIAP de Lisboa. Entretanto o Governo decidiu decretar luto nacional, que é assinalado esta quinta-feira. A Câmara de Lisboa já tinha decidido decretar três dias de luto municipal.
A Carris já reagiu e garante que "foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção, nomeadamente a manutenção geral, que ocorre a cada quatro anos, e que ocorreu em 2022 a reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, tendo a última sido realizada em 2024". A empresa afirma que "têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária" e avança que "abriu de imediato um inquérito, em conjunto com as autoridades, para apurar as reais causas deste acidente".
O Elevador da Glória, capaz de transportar até 42 pessoas, é um dos ícones de Lisboa e é muito frequentado pelos turistas que visitam a cidade.
Marcelo pediu rapidez para se apurar causas do acidente mortal, Governo diz que "as averiguações" serão feitas "no devido tempo"
O Governo emitiu esta quarta-feira um comunicado em que refere que "a prioridade imediata" é "o socorro às vítimas". "As autoridades competentes realizarão no devido tempo as averiguações necessárias ao apuramento das causas deste lamentável acidente", refere o Executivo.
Este comunicado surge minutos depois de Marcelo ter publicado uma nota no site da Presidência e na qual pede que a "ocorrência" no Elevador da Glória "seja rapidamente esclarecida pelas entidades competentes". Marcelo manifesta também o "seu pesar e solidariedade" para com as "famílias afetadas por esta tragédia".
Voltando ao Governo: o Executivo assinala que "está, desde os primeiros momentos, a acompanhar a situação e a resposta das diversas autoridades públicas de emergência médica, unidades de saúde, proteção civil, forças de segurança e transportes, a quem foram transmitidas orientações para prestação de todo o apoio necessário". "O Governo está também em contacto permanente e articulação estreita com a Câmara Municipal."
A nota refere ainda que "o Governo e o primeiro-Ministro lamentam profundamente o acidente ocorrido esta tarde no elevador da Glória, em Lisboa, e exprimem a sua profunda consternação e solidariedade às vítimas e suas famílias".
Entretanto, no X e em português, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, manifestou a sua "tristeza". "É com tristeza que tomei conhecimento do descarrilamento do famoso “Elevador da Glória”. Os meus sentimentos com as famílias das vítimas", disse a líder.
"Uma tragédia"
Aos jornalistas, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, falou num "dia trágico" para Lisboa. "É um dia muito duro para todos nós", disse o autarca, que deixou os seus sentimentos às famílias das vítimas mortais. "Lisboa está de luto, é um momento trágico para a nossa cidade."
Moedas elogiou a resposta dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, que receberam "o alarme às 18:08 e estavam aqui [local do acidente] às 18:11". "Infelizmente, é gravíssimo. É um acidente que não deveria ter acontecido".
A Câmara Municipal de Lisboa declarou três dias de luto municipal.
Nota ainda para este facto: o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) adiantou à Agência Lusa que vai abrir uma investigação ao descarrilamento mas: “Devido à limitação de meios [humanos] na área ferroviária, apenas amanhã de manhã [quinta-feira] iniciará a recolha de evidências no local”, disse fonte deste organismo público.
//tvi.iol.pt/

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