terça-feira, 5 de setembro de 2023

Representante especial da ONU enaltece progressos políticos na Guiné-Bissau

O representante especial do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a África Ocidental, Leonardo Santos Simão, enalteceu hoje os passos que estão a ser dados para a normalização da vida política na Guiné-Bissau.

O representante de António Guterres iniciou hoje uma visita de dois dias ao país africano com o propósito de contactar com os diversos atores políticos para os ouvir e exortar a que continuem a trabalhar pela estabilidade da Guiné-Bissau.

Leonardo Santos Simão começou por ser recebido pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, a quem transmitiu a apreciação das Nações Unidas sobre "os passos que o país tem vindo a dar na normalização da vida política".

"A Guiné-Bissau teve momentos difíceis no passado e é com muita satisfação que temos vindo a constatar que passos estão a ser dados para a normalização da vida política do país, com a criação de instituições como a Assembleia Nacional Popular, o Governo, o Primeiro-Ministro, e tudo isto contribui para a normalização da vida no país", observou.

Em declarações aos jornalistas, no final do encontro, salientou que para as Nações Unidas, o percurso da Guiné-Bissau "é um primeiro passo que vai, depois, criar as condições para que haja mais investimento doméstico, mas também investimento externo porque é o investimento que cria riqueza, que cria emprego, sobretudo para os jovens, e ajuda também a resolver os problemas do país".

"O Presidente partilhou connosco também esses passos que estão a ser dados, os esforços que estão em curso e esta prática democrática, em nome da coexistência entre instituições de forças políticas diferentes, mas todas elas unidas no mesmo objetivo de tornar a Guiné-Bissau num país próspero, um país virado para o futuro", declarou.

Além do Presidente da República, nos dois dias de visita, o representante especial das Nações Unidas tem encontros marcados com o Primeiro-Ministro, na Assembleia Nacional Popular, e com partidos políticos, entre outros, com a mesma mensagem: "continuem a trabalhar para que a Guiné-Bissau seja um país estável, para que a Guiné-Bissau seja um país que atraia investimento, para que a Guiné-Bissau seja um país de futuro".

O representante para a África Ocidental referiu-se, também, à situação global desta zona do continente, onde, disse, "há países que estão bem", como por exemplo Cabo Verde, Libéria, Costa do Marfim, "mas há países que estão a ter desafios, nomeadamente, Mali, Burkina Faso, Níger e também Guiné".

Dos que enfrentam desafios, considerou que "a Guiné está mais no bom caminho do que outros".

As situações de instabilidade "são preocupantes", frisou, considerando, contudo, que "deve-se trabalhar" para ultrapassar as crises.

"Eu já visitei todos esses países que têm esses grandes problemas, já visitei o Níger, Burkina Faso, Guiné, Mali duas vezes, sempre com a mesma mensagem que é de encorajamento a todas as partes envolvidas para que, pela via do diálogo, encontrem o caminho para ultrapassar os problemas que existem", afirmou.

Conosaba/Lusa

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