O país está a deparar-se, nos últimos tempos, com problemas de rotura dos medicamentos, sobretudo os essenciais.
Este facto levou na semana passada, depois de um encontro com os farmacêuticos da capital Bissau, o titular da pasta da Saúde Pública, Domingos Malú a admitir que realmente existe rotura de medicamentos.
Já ontem segunda-feira, a RSM deslocou-se até às instalações da Central de Compra dos Medicamentos (CECOME), mas o responsável transitório da instituição prefere remeter-se ao silêncio em relação a esta situação que coloca em risco a vida das pessoas.
Hoje, o ministro, segundo uma fonte junto ao ministério, reuniu-se com os grossistas e como resolução as duas partes comprometeram-se em abastecer as farmácias do país brevemente.
No entanto, ontem, à margem da entrega das 60 motorizadas, doadas pela UNICEF, o ministro da saúde pública tinha prometido que o governo vai usar mecanismos para ultrapassar esta situação que inclusive afeta o Hospital Nacional Simão Mendes.
“Sentimos que estamos na eminência de ter a rotura de medicamentos no país, enquanto dirigentes deste pelouro estamos preocupados, por isso decidimos manter uma reunião com os grossistas para compreendermos a real situação e se estão na altura de fornecer os medicamentos ou não, porque senão o governo vai acionar mecanismos para ultrapassar esta problemática”, explica.
O ministro sustenta ainda que o país não pode e nem deve ficar sem medicamentos.
“Esta é a responsabilidade do governo para com os seus cidadãos, se alguém for atribuída a licença para trazer os medicamentos, mas vier a não estar a altura o executivo deve procurar outros parceiros para superar as dificuldades”, admite.
Atualmente, Central de Compra de Medicamento CECOME instituição afeto ao governo está, de acordo com a nota datada de 25 de agosto, em gestão transitória, informa que a partir do dia 31 do mês findo, vão cessar todos os contratos legais com funcionários públicos e dos contratados com a antiga CECOME.
De acordo com as informações apuradas, é que a Central de Compra dos Medicamentos perdeu nos últimos tempos a capacidade de compra estes fármacos em grandes quantidades, para depois distribuir aos farmacêuticos como manda as regras.
Entretanto, no que concerne às condições dos técnicos de Saúde afastados do sistema pelo antigo governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, o atual ministro da Saúde Pública reafirma que os técnicos serão reintegrados, mas de uma forma organizada e legal.
“Serão reintegrados mas de uma forma organizada e legal, não queremos precipitar com a decisão, mas também não queremos dizer que vamos demorar, nesta senda temos que seguir de forma segura todas as tramitações normais, porque são pessoas que não tinham enquadramentos legais, porque tinham que passar por todo o processo até serem visados as suas nomeações no Tribunal de Contas e agora quando vão voltar deve respeitar esses requisitos”, frisou
Recorda-se que no passado dia 31 de agosto, durante uma conferência de imprensa, o porta-voz da Frente Social que engloba os sindicatos de Base da Educação e Saúde, exige do novo governo, uma atuação o mais rápido possível, nestes sectores sociais.
Por: Diana Bacurim/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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