terça-feira, 19 de julho de 2022

UE lança programa para ajudar a combater mortalidade maternoinfantil na Guiné-Bissau

Bissau, 23 jul (Lusa) - A União Europeia é a principal financiadora de um projeto que pretende reduzir em 25% a mortalidade materno-infantil em quatro regiões da Guiné-Bissau no prazo de três anos, anunciou hoje em comunicado.

O Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materno-Infantil (Pimi) completa na quinta-feira o primeiro ano de atividade e a data vai ser assinalada com uma cerimónia pública na cidade de Canchungo, norte do país.

O objetivo é que as mulheres grávidas e as crianças com menos de cinco anos beneficiem, através do programa, de melhor acesso a cuidados de saúde básicos nas regiões de Biombo, Cacheu, Oio e Farim - abrangendo 530 mil pessoas, ou seja, cerca de um terço da população do país.

A União Europeia financia 80% do custo total do programa de 8,9 milhões de euros, sendo os restantes 20% cobertos por outros três parceiros: Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Instituto Marquês de Valle Flôr (Portugal) e Entraide Médicale Internationale (França).

O plano de ação prevê o aumento das consultas médicas às crianças e mães, antes e depois do parto, nos centros de saúde e hospitais regionais.

No final, o programa espera capacitar em serviço, com formação e acompanhamento, cerca de 350 profissionais de saúde, bem como todos os agentes de saúde comunitária de 45 estruturas nas áreas de pediatria e saúde materno-infantil.

Está também previsto que as estruturas de saúde passem a dispor de recursos adequados à prestação de cuidados de saúde materno-infantil (infraestruturas e equipamentos das salas de parto e de cirurgia).

De acordo com os últimos dados disponíveis, calculados em 2010, a taxa de mortalidade infanto-juvenil (até aos cinco anos) na Guiné-Bissau é de 116 crianças por cada mil e apenas 43 por cento dos partos são assistidos por pessoal de saúde qualificado.

Os números constam dos resultados do Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS) organizado pelo UNICEF e organismos estatais.

Conosaba/Lusa

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