A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, anunciou hoje na Cimeira da Américas apoios de 1,9 mil milhões de dólares (1,77 mil milhões de euros) para criar emprego na América Central e diminuir o êxodo migratório para os Estados Unidos.
A medida, anunciada por Harris na Cimeira a decorrer em Los Angeles até sexta-feira, pretende "dar esperança ao povo da região para construir vidas prósperas e seguras nos seus países", detalhou a Casa Branca em comunicado.
Este apoio, vindo de empresas privadas, junta-se aos 1,2 mil milhões de dólares (1,12 mil milhões de euros) prometidos no ano passado para El Salvador, Guatemala e Honduras, os chamados países do Triângulo Norte de onde partem regularmente caravanas de migrantes para os EUA.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, organizou a Cimeira para relançar o diálogo com a América Latina sobre questões cruciais, como a imigração.
Mas o evento acabou por começar sem o presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador.
O líder mexicano decidiu não participar no evento devido à exclusão da Venezuela, da Nicarágua e de Cuba na Cimeira.
Um funcionário da Casa Branca confirmou à agência noticiosa AFP na segunda-feira que estes países não foram convidados por "reservas" dos EUA quanto à "falta de espaço democrático" e do "respeito pelos direitos humanos".
Outra ausência de última hora é a do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou, que testou positivo à covid-19.
Ainda assim, e esperando-se a participação de 23 líderes em Los Angeles, a Casa Branca já afirmou ser uma Cimeira com um número de participantes "equivalente ou maior" face a edições anteriores.
Lançada em 1994 em Miami, pelo presidente Bill Clinton, a Cimeira das Américas procurava alcançar um amplo acordo de liberalização do comércio regional.
Este ano, temas como crescimento económico, alterações climáticas, pandemia de covid-19 e a crise migratória estarão na agenda dos líderes políticos.
O número de pessoas que procuram entrar nos EUA para fugir à pobreza e violência da América Central e do Haiti tem vindo a aumentar, segundo dados oficiais.
Conosaba/Lusa
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