O Governo da França condenou “firmemente a tentativa do golpe de Estado” contra o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e exige o respeito pela ordem constitucional, tendo expressado o seu apoio às instituições democráticas da Guiné-Bissau.
A posição da França foi transmitida aos jornalistas pelo embaixador na Guiné-Bissau, Terence Wills, à saída de uma audiência com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, a quem transmitiu a mensagem de solidariedade do Presidente francês, Emmanuel Macron.
O diplomata francês disse que a comunidade internacional temia pela segurança do Presidente guineense e pelas instituições, classificando de “eficazes e proporcionais” as respostas das forças de defesa e segurança.
“A situação que se regista na sub-região leva os observadores a pensarem que a tentativa do golpe poderia ter sucesso ou consumar-se. Felizmente isso não aconteceu. Isso mostra a resiliência da democracia da Guiné-Bissau” assegurou, para de seguida afirmar que a comunidade internacional deve ajudar mais o país para atrair mais investidores.
“Devemos reagir agora para ajudar o país que precisa, mas para isso é necessário que haja a paz”, notou, acrescentando que o chefe de Estado guineense mostrou ontem o sangue frio na gestão da situação da tentativa do golpe.
Questionado pelo O Democrata se o Presidente Embaló terá solicitado alguma ajuda da França para o combate aos narcotraficantes aos quais disse que estariam envolvidos no ataque, o diplomata precisou que a audiência serviu tão somente para mostrar a solidariedade do seu país para com o Presidente da República, bem como analisar uma eventual resposta da comunidade internacional para ajudar a Guiné-Bissau.
“O narcotráfico é uma luta do Presidente da República, portanto é muito importante ajudá-lo neste combate”, enfatizou.
Indagado se a França estará disponível para apoiar as autoridades guineenses no combate ao narcotráfico, respondeu que ele é o embaixador, mas que vai tentar convencer o seu governo no sentido de fazer mais em termos de apoios ao país.
“A presença francesa foi importante na Guiné nos anos 1990, mas depois da guerra civil, infelizmente a nossa presença baixou muito. Agora vimos uma melhoria em termos da estabilidade de quase mais um ano e meio com este governo”, referiu.
O diplomata afirmou que é preciso ajudar o país e que essa ajuda não deve ser feita na base da visão 2030 ou daqui a 7 ou 8 anos.
“Devemos ajudar agora para apoiar o país, sobretudo a atrair investidores e desenvolver a economia no sentido de ajudar na resolução de todos esses problemas que podem acontecer” alertou, e demostrou a disponibilidade da França para estar ao lado do Presidente Umaro Sissoco Embaló.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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