segunda-feira, 27 de novembro de 2017

GUINEENSES MANIFESTAM CONTRA ESCRAVATURA NA LÍBIA


Um grupo de Cidadãos guineense da Sociedade Civil realizou, no início da noite desta sexta-feira (24), uma vigília em frente a sede da União Africana para manifestar contra a situação desumana dos emigrantes africanos na Líbia. A vigília vem na sequência da manifestação em frente a embaixada da Líbia no país

A vigília liderada pela Liga Guineense Direitos Humanos (LGDH) em parceria com várias organizações da sociedade civil com objectivo de exigir o fim da prática de escravatura neste país de Magreb. Informações dão conta que depois das denúncias as pessoas estão a ser massacradas e também agora as pessoas são vendidas no leilão.

O presidente da LGDH, Augusto Mário da Silva, defende engajamento “forte” da União Africana para que seja promovido um inquérito internacional conduzido pelo Tribunal Penal Internacional com vista a responsabilizar os autores da prática “vergonhosa” pela humanidade.

O activista dos direito humanos disse que é urgente para todos os dirigentes africanos assumiram um papel importante para minimizar o sofrimento dos emigrantes na Líbia.

“Que os líderes africanos censurem veementemente este acto. Que demonstrem os seus repúdios através de acções concretas resgatando todas as pessoas que estão naquela situação”, apela.

Durante a vigília frente à sede da UA, contra a prática de escravatura na Líbia denota-se a frase “O ser Humano não é Mercadoria” facto que o presidente da LGDH admite que o valor humano ultrapassa o valor da mercadoria.

“O valor de uma pessoa ultrapassa o valor de uma coisa. Então sendo assim o valor de uma pessoa não pode ser ultrapassado como uma mercadoria. Se não queres que eu te trate como um escravo então não faças o mesmo comigo”, destaca.

Mário da Silva exorta as autoridades da Guiné-Bissau no sentido promover acção concreta para resgatar os cidadãos guineenses na Líbia.

“Já estamos fartos de ouvir boas palavras e precisamos de acções concretas. O governo que nos diga o que estão a fazer de concreto para tirar dezenas e dezenas de guineenses no cativeiro. A família guineense precisa ouvir isso”, exige.

Segundo, o presidente da Liga Guineense Direitos Humanos Augusto Mário da Silva a iniciativa continuará até que a situação se resolva na Líbia.

Recorde-se que na quinta-feira (22) a sociedade civil realizou uma vigília em frente a embaixada da Líbia.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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