O investigador guineense, Idrissa Djalo, considera, esta quinta-feira (19), que não vai ser por agora a realização das eleições autárcicas no país devido as mudanças constantes do governo. Segundo ele ao longo dos 23 anos o país conheceu números exorbitantes de eleições com 18 governos diferentes
Idrissa Djalo, orador da conferência realizada pelo Instituto Nacional dos Estudos e Pesquisas (INEP) que juntou várias personalidades para falar do próximo processo eleitoral interrogando desta forma se o país está pronto para as eleições autarquias, que falava, em exclusivo á Rádio Sol Mansi (RSM), afirma ainda que o tema em debate é uma provocação para a realização das eleições autárquicas.
“Constatamos que ao longo dos 23 anos tivemos praticamente oito (08) eleições entre legislativas e presidências e as vezes simultaneamente quando normalmente deveriam ser realizadas quatro (04) eleições. Durante este mesmo período constatamos que houve 18 primeiros-ministros nomeados no país”, explica Idrissa que interroga a possibilidade para a realização das eleições autárquicas durante os 23 anos sendo que na média de três anos o país realiza eleições.
“A média das eleições é de 2,8 anos. Nenhum governo conseguiu governar durante dois anos”, avança.
Idrissa Djalo admite que o país está longe de realizar as eleições autarquias tendo em conta a dinâmica do ciclo eleitoral.
“Se formos para as legislativas logo em Maio de 2018 certamente iremos preparar para as presidenciais de 2019. As autarquias dificilmente irão ser enxertadas neste espaço de tempo”, alerta.
Idrissa aconselha ainda que seja criado comité de pilotagem ou uma comissão multissectorial para preparar envolver os actores para criar temos de referencias bem definidas só para as autarquias criando desta forma calendários e actividades que são necessárias fazer para a implementação das autarquias.
A lei sobre autarquias já tinha sido aprovada pela Assembleia e promulgada pelo presidente da república faltando agora a sua publicação.
Na Guiné-Bissau ainda não decorreram as eleições autárquicas em mais de 20 anos de democracia representativa, um facto que coloca o país numa situação de incumprimento do seu ciclo eleitoral.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iasmine Fernandes/radiosolmansi com Conosaba
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