O
Sindicato de base dos Funcionários da Guiné Telecom e da Guinétel projectam,
para esta terça-feira (08/08), uma marcha pacífica para exigir do governo a
renovação do acordo para a atribuição e 51 por cento da assinatura do memorando
de pré-acordo com o Banco Mundial em detrimento das sociedades das
telecomunicações no país
A
Guiné Telecom deixou de operar desde o início dos anos de 2000 devido a
problemas de gestão da empresa e para o sindicato a atribuição desta
percentagem significa entrega do poder da decisão às operadoras estrangeiras.
Entretanto,
numa entrevista, esta segunda-feira (07/08), á Rádio Sol Mansi (RSM), o
presidente do sindicato de base das duas empresas supracitadas, David Mingo,
diz que desconhecem a razão da atribuição da percentagem às operadores
multinacionais e ainda da criação da nova empresa denominada “Guiné Cabo” “uma
vez que existe outra empresa nacional e com infra-estrutura capaz de operar”.
Questionado
se já existem condições para a realizar da marcha pacífica desta terça-feira,
David Mingo garante ter dado informação as autoridades de segurança.
“Acho
que em qualquer Estado de direito a marcha não é impedida desde já que existem
objectivos que não colocarão em causa a ordem pública. A nossa marcha será
pacífica e para demostrar o nosso desagrado em relação ao procedimento do
governo”, explica Mingo que, no entanto, afirma que o governo está a fazer
esforços mas não está a beneficiar a Guine Telecom e Guinétel.
“Tirando
os requisitos ou elementos que fortificam a Guiné Telecom em benefícios de
outras demostra a intenção em acabar com a única empresa de telecomunicação
pública”, acusa.
O
Governo e as sociedades das telecomunicações no país assinaram, no dia 17 de
Julho último, memorando de entendimento para a criação da sociedade “Cabos da
Guiné-Bissau”.
A
Criação da sociedade foi aprovada no conselho de ministro no primeiro semestre
deste ano e a sociedade terá a competência de fazer a gestão e a manutenção do
cabo submarino e a venda da capacidade de telecomunicações.
Com
o projecto a Guiné-Bissau terá, num prazo de dois anos, internet mais segurança
e rápida.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santo/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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