sexta-feira, 21 de julho de 2017

«OPINIÃO DESPORTIVA» "DJUMBULINE NA FEDERAÇÃO GUINEENSE" (TERRA DE MAMA TACO) - QUECÓI QUETA


Geograficamente situado na Africa Ocidental que faz fronteira com Senegal ao norte, Guiné Konacry ao sul e ao Leste, e com oceano atlântico á oeste. O território guineense abrange 36.125 km2 de área, com uma população estimada em 1,6 milhões de pessoas.

Fazia parte do reino do Gabu, bem como parte do império Mali. Partes destes reinos persistiram até o século XVIII enquanto algumas outras estavam sob domínio do império português. Desde o século XVI ao século XIX a região foi colonizada e passou a ser referida Guiné-Portuguesa. 

O futebol guineense começou na segunda metade do século XIX, por expressar um jogo essencialmente físico. Depois da ida da Académica de Coimbra a Guiné-Portuguesa, nos anos 50, num torneio, onde a nossa seleção perdeu 11 a 1; essa ida do clube português à Guiné ajudou as equipas ou clubes lapidaram os seus conceitos táticos e começaram a produzir um bom futebol e deram Portugal grandes jogadores, nomes como: Nhartanga (Benfica Bissau e Lisboa, Beira Mar), Tato(Mansoa), Totala(Sporting Bissau), Leandro(Mansoa), Júlio Dias(Mansoa), Irmãos Bernar e Nene Da Velha(Canchungo), Nhabola(Benfica de Bissau e Lisboa), Totala(Sporting Bissau), Ze Coro(Mansoa), Marabu Queta(Mansoa), Júlio Jaco(Ultramarina Bissau), Julio Dias(Mansoa),Irmaos Marcelino e Bambo(Mansoa), Évora(Sacor Bissau), etc. 


Na guine abriga o mistério de saber como foi possível um país, com campo de recrutamento tão limitado, produzir tantos mitos, para muitos estudiosos da bola está ou esteve num grande caracter lutador e personalizado. Inventor do estilo artístico próprio os guineense, tal como os Senegalense acrescentaram fruto do passado histórico, regente de um secular anseio de libertação, uma atitude guerreira que permitiu a construção de uma identidade própria diferente do seu vizinho senegalês.

Na história do mundo há países que sempre tiveram avançados no tempo. A guiné sempre sentiu outra era. Depois da independência de 1974. A primeira seleção da taça Amílcar Cabral em 1975 os nomes eram: 


Guarda-Redes: Quinzinho (Sporting de Bissau), Maio (Sporting de Bafata) 

Defesas: Agostinho (Benfica), Armando Manhissa (Sporting), Mário Coro (Mansoa), Zeca Mateus(Tenis Club), Antonio Sani(Benfica), Lassana Cassama(Benfica)

Medios: Adrinano “Mestre”( Sporting de Bissau), Abrão(UDIB), Lala(Sporting Bissau), Nicolau(UDIB), Cirilo(UDIB), António Jorge “Berlie”(Sporting), Nina(Benfica)

Avançados: Carlitos Fernandes (Mansoa),

Domingos Cá (UDIB), Rufino Badonda(UDIB), Sila(Mansoa), Filipe “Tumbulo”(Farim)

Treinadores: Cipriano Jacinto,Bauer e Mario Aureliano

Médico: DR. Honório Sanches

Massagista: Anibal Da Mata 

Neste torneio a Guiné-Bissau foi as meias finais com a super-potencia Guiné-Conakry do Serifo Sulemane, Papa Camara, Bangali Sila, Petit Sori, Fanta Mali Djara, Fanta Madi Queta, etc. Perdeu por 2-4 isso demonstra que a estrutura orgânica do desporto guineense mantinha intacta; a verdade seja dita o desporto guineense começou a degradar lentamente após o afastamento do presidente Luís Cabral e apareceram dirigentes federativo “MAMA TACO”. Parece que para as pessoas o dinheiro esta sempre em primeiro lugar.

O estudo que a FIFA fez em Africa que muitos jovens são forçados abandonar à prática de um desporto que os apaixona por falta de recursos financeiros e, no entanto doa anualmente o dinheiro para todos os países africanos para desenvolver o desporto. Pergunto eu onde vai o nosso dinheiro? Pois claro! No bolso dos dirigentes federativos e os guineenses conhecem um dos presidentes da federação que se enriqueceu ilicitamente, tem hotel, vivendas alugada aos cooperantes portugueses e casas desportivas. A situação mais caricata para não dizer ridícula aconteceu em Mauritânia em 1983 durante a taça Amílcar Cabral onde tínhamos todas as condições para vencer a competição o que não aconteceu por culpa dos dirigentes; O dinheiro que o presidente Nino Vieira enviou (um milhão e quinhentos contos em franco francês) não foi entregue aos jogadores o que criou o mal-estar entre os jogadores e a equipa dividiu-se em três grupo e como consequência disso alguns jogadores recusaram jogar. Contrariamente a tese vinculada, alegando que houve suborno pela parte do Senegal o que não corresponde a verdade, a nossa derrota na final resultou da ma gestão e a ambição desmedida que sempre norteou os nossos dirigentes em detrimento do bem-estar comum. 

Basta da mediocridade, há que rever o desporto guineense em geral e futebol em particular. O desporto é como um fator social despersonalizante, é uma evidência inegável, e imutável. É preciso estruturar a sua organização: urbanizar, programar, medir, controlar e concluir. Verbos, portanto, ideias e ações. 

A guiné, é um velho país reduzido as fronteiras iniciais, está exausta da sua situação e, por vezes, dolorosa caminhada! O desporto guineense vai renascer, tem que renascer se querer acertar os ponteiros do progresso, neste contexto, escrever ou falar sobre a velha nação. A energia moral e físico do povo, a juventude, o desporto constitui a tarefa urgente inadiável. 

Nota: trabalhar estas 3 seleções

- Seleções 1960 (Taça Kwame N´Kruma), 

- 1975(primeira taça Amílcar Cabral) e 

- 1983(Geração de ouro).



Com: Bebe Silva, Mamadú Bobo Djaló, Arnaldo Silva, Baba do UDIB, Daniel Dias, Daniel Jemguba, Kecoi Queta, Mussá Kambaio, Sidico Queta, Brasia, 


Kecói Queta e Amadu Nogueira Pinto Sambu 

Selecção 1985 (Senegal) 


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