1-Conosaba: Dra. Aissatú Djandy confirma que nasceu na Guiné-Bissau? Em que zona da Guiné-Bissau? Licenciou-se em Ciência Política e Relações Internacionais?
Dra. Aissatú Djandy: Sim, confirmo que nasci na Guiné-Bissau, concretamente no bairro de Reino de N'djacá, em Bissau. Licenciei-me em Ciência Política e Relações Internacionais, pela Universidade de Lusófona e Humanidades e Tecnologias de Lisboa, de momento estou a terminar o Mestrado em Diplomacia e Relações Internacionais pela mesma Universidade.
2-Conosaba: A Dra. Aissatú Djandy, de momento está a viver em Portugal? É militante de algum partido do seu país cá em Portugal? Qual deles? Qual é razão que lhe levou escolher este partido?
AD: De momento sim, vivo em Portugal. Sou militante do APU-PDGB/ Assembleia do povo unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau. A razão que me levou escolher este partido é muito simples, atualmente na Guiné APU-PDGB é único partido que a sua ideologia politica pode tirar o nosso país nesta situação política que se encontra! Já que os outros partidos há 43 anos não foram capazes de tirar a Guiné neste abismo que se encontra, estamos cada vez mais a regredir.
O partido do Assembleia do povo unido – APU-PDGB, é único partido no meu entender credível para tirar o país neste impasse política em que se encontra. Não podemos desperdiçar esta oportunidade, porque os nossos governantes não foram capazes de levar o país avante, pensando no bem comum em detrimento do bem pessoal. Temos exemplos de países com menos recursos naturais mais com vontade de trabalhar para desenvolver os seus respetivos países.
Igualdade de Género.
‘As Mulheres fazem em casa muitas coisas gratuitamente, por amor aos filhos, ao marido, à família, faz com que ela não seja valorizada, em nenhum tipo de atividade’
‘As Mulheres fazem em casa muitas coisas gratuitamente, por amor aos filhos, ao marido, à família, faz com que ela não seja valorizada, em nenhum tipo de atividade’
3-Conosaba: Dra Aissatú Djandy para si, o que mudou na situação das mulheres no mercado de trabalho nos últimos anos?
AD: Para ser sincera, já melhorou bastante nestes últimos anos! Poderia melhorar mais! Visto que, as mulheres em pleno século XXI, ainda sofrem com as desigualdades de género, é de grande importância a construção de políticas públicas que possam coibir a ação de pessoas que inferioriza o outro por causa do género, assim como, multar as empresas que diferenciam salários, em decorrência do género.
4-Conosaba: A crise na Guiné-Bissau está muito longe do fim. Concorda ou não com esta afirmação? Comente, por favor...
AD: Sim concordo. O país vive uma crise política sem precedente! Já la vão, quase dois anos, sem que se vislumbre uma solução. A realidade guineense face ao momento atual é alarmante, um país com riquezas naturais abundante, mas, onde não existe as mínimas condições para a população em termos de saúde, ensino, e muito menos emprego e sem nenhuma perspetiva de mudança. Direi até que, com estes políticos, o futuro do nosso país ficará sempre adiado.
O sistema político guineense está mal e deve ser removido, de forma pacífica, instituir e instaurar uma nova ordem política e social com objetivo de garantir, ao povo, o direito de viver em paz, estabilidade e garantir a defesa dos princípios democráticos. Este é mecanismo imperativo que lhe está reservado para desbloquear o processo e assegurar o funcionamento do sistema.
Num estado de direito, só um diálogo genuíno e inclusivo, baseado no respeito mútuo, permitirá uma solução consensual para acabar com a crise de vez no nosso país..
Os atores políticos guineenses devem exercer a máxima contenção e colocar os interesses do país acima de quaisquer considerações pessoais ou partidárias. Esta profunda preocupação com a persistência da crise guineense adverte numa situação de risco na implementação dos compromissos assumidos com parceiros de desenvolvimento.
Os atores políticos guineenses devem exercer a máxima contenção e colocar os interesses do país acima de quaisquer considerações pessoais ou partidárias. Esta profunda preocupação com a persistência da crise guineense adverte numa situação de risco na implementação dos compromissos assumidos com parceiros de desenvolvimento.
Por: Pate Cabral Djob
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