O presidente de Assembleia Nacional Popular denunciou a existência de uma marcha na próxima quinta-feira (9 de Março) contra sua pessoa por alegadamente ser o responsável por não agendamento do programa do governo de Sissoco.
Cipriano Cassamá que falava aos jornalistas esta terça-feira indicou que a proposta que entregou ao presidente da república na reunião do conselho de estado, traça a formação de um governo inclusivo.
“Sabemos que haverá manifestações na quinta-feira mas não vou ser responsáveis pelas manifestações que podem trazer problemas contrários aos desígnios do regimento de ANP. Qualquer instituição é livre de manifestar mas colocar em causa a minha pessoa não vou aceitá-lo porque não sou eu quem tomou a decisão de não agendar o programa do governo mas sim a comissão permanente”, diz
No entanto diz que proposta que entregou ao presidente da república traça vários cenários possíveis para a formação de um governo de consenso e inclusivo em estrita obediência ao principio de proporcionalidade tendo em conta aos resultados eleitorais, fixando por fim uma forma meramente indicativa a um cronograma a implementação de acordo de Conacri. “Se for aceite pelo presidente vamos ter a paz e estabilidade”.
Por outro lado, disse que o coordenador dos régulos o acusou de querer o lugar de presidente da República razão pela qual bloqueou a Assembleia. “ Ouvi ontem o coordenador dos régulos a dizer que quero o lugar do Presidente da República por isso estou a bloquear a Assembleia. Se eu queria esse lugar não era José Mário Vaz quem seria o presidente porque tive uma aliança firmada com o presidente do PAIGC pós congresso”.
“Por isso, quando foi detido pela corrupção fui primeiro a visitá-lo e fui com ele a Prabis e Kupol. Ele foi a minha casa ajoelhando para apoiá-lo na sua candidatura ao cargo do PR”, denunciou.
Entretanto, desafiou o actual ministro dos negócios estrangeiros a apontar um artigo do regimento de ANP que permita a discussão do programa de governo sem passar pelos órgãos internos do hemiciclo, tendo adiantado que “ estamos aqui para cumprir a lei. Somos um poder legislativo que fiscaliza, por isso não podemos ir contra desígnios do regimento ou constituição da República. Sei que é difícil por alguns membros do governo, mas questiono ao Jorge Malu se na altura que era presidente de ANP convocou sessão plenária sem passar por órgãos internos? Quero dizer-lhe que foi um dos presidentes mais medíocre que passou na presidência de Assembleia Nacional Popular. Por isso mesmo desafio qualquer deputado contrariamente ao regimento que nos mostre o caminho directo para a sessão plenária sem passar por órgãos internos”, sublinhou.
De referir que estas declarações foram proferidas pelo presidente de ANP no quadro da comemoração do dia internacional das mulheres, 8 de Março.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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