sábado, 15 de agosto de 2015

LIGA GUINEENSE DOS DIREITOS HUMANOS CONDENA "A DECISÃO IMPONDERADA" DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA AO DEMITIR GOVERNO


A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) condenou hoje o que considera de "decisão imponderada" do chefe de Estado ao demitir o Governo eleito, mesmo perante apelos de diversos setores nacionais e internacionais.

Em conferencia de imprensa, Alex Bassucko, porta-voz da LGDH, disse que a sua organização receia pelas "consequências imprevisíveis" de José Mário Vaz tanto no plano interno como externo.

Para a organização, o chefe de Estado guineense não escutou os apelos no sentido de não demitir o Governo saído das eleições e que vinha tendo bom desempenho.

"Durante as ultimas consultas levadas a cabo na semana passada, (a Liga) voltou a manifestar ao Presidente a sua discordância absoluta com a iniciativa de derrubar o Governo", disse Alex Bassucko.

No entanto, continua o responsável, José Mário Vaz não levou em conta os apelos e nem o facto de os indicadores económicos e sociais bem como os consensos políticos no Parlamento serem favoráveis ao executivo.

A Liga "responsabiliza o Presidente da República pela possível degradação da situação económica, social e política" do país, "numa altura em que tudo apontava para uma estabilização definitiva".

Para que "as condições de vida dos guineenses não se agravem ainda mais", a Liga exorta José Mário Vaz para que encete "o mais urgente possível" todos os mecanismos constitucionais para "erguer o país da crise em que se encontra".

A organização apela às forcas vivas da nação guineense, particularmente ao PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), vencedor das eleições legislativas, a terem "máxima ponderação e abertura" na busca de "soluções pacíficas" para a crise.

A Liga, que lembrou já ter feito várias diligências nos meses de maio e julho, para aproximar o Presidente José Mário Vaz e o então primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, reafirma a sua disponibilidade para ajudar a procurar soluções sérias e constitucionais para a crise que assola a Guiné-Bissau.

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