Conselho Nacional dos Carregadores da Guiné-Bissau (CNC-GB) anunciou, para breve, o lançamento do concurso público para a adjudicação das obras de construção de porto seco do país, de acordo com o relatório semestral da instituição.
O relatório, ao qual a Macauhub teve quarta-feira hoje acesso, informa que o Conselho está a ultimar o pagamento da segunda prestação do custo dos 40 talhões de terreno que irão albergar o futuro porto seco.
O porto seco será construído na localidade de Pime, arredores de Bissau, e vai ocupar uma área de 25 mil metros quadrados, contando, entre outras instalações, com armazéns para a conservação de produtos perecíveis.
O porto seco ou estação aduaneira interior ficará ligado ao porto marítimo por via terrestre sem passar pelo centro da cidade, evitando congestionamentos ao trânsito.
O documento não especifica o custo das obras do referido empreendimento.
A abertura de postos da CNC-GB junto às Alfândegas para assegurar o melhor controlo dos despachos de mercadorias bem como a conclusão de instalação dos seus postos terrestres de controlo em diferentes regiões são, entre outras, acções perspectivadas por esta instituição.
De igual modo, a instituição pretende, ainda antes do final do ano em curso, levar a cabo um conjunto de actividades, nomeadamente a informatização e centralização dos dados relativos aos seus serviços, formação dos seus técnicos em áreas já identificadas e a regularização da inscrição dos respectivos funcionários junto ao Instituto Nacional de Segurança Social guineense.
Em Maio passado, o então secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira, havia garantido que até ao final de 2017 o país iria dispor de um porto seco com capacidade para receber mais de 100 mil contentores.
Na mesma ocasião, Fernando Dias da Costa, director-geral do CNC, entidade pública de carácter profissional proprietária do projecto, havia garantido que a criação da nova infra-estrutura permitiria descongestionar o porto de Pinjiguiti, em Bissau, que em várias alturas se deparou com falta de espaço para contentores, devido à limitação do seu parque.
Fernando Dias da Costa disse ainda que o porto seco servirá também como parque de estacionamento de camiões porta-contentores enquanto aguardam pela vez para receberem carga no porto de Pinjiguiti.
Além de seu papel na carga de transbordo, o futuro porto seco de Bissau pode vir a incluir instalações para armazenamento e consolidação de mercadorias, equipamentos de manuseamento de mercadorias e manutenção de transportes rodoviários de carga e de serviços de desalfandegamento.
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