segunda-feira, 10 de agosto de 2015

«CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU» PRESIDENTE DA REPÚBLICA REGRESSA AO PAÍS E PROMETE "PARA BREVE" MENSAGEM À NAÇÃO

Chefe de Estado ladeado do Presidente da ANP e Primeiro-Ministro


Bissau,10 Ago 15(ANG) - O Presidente da República José Mário Vaz, que regressou Domingo ao país, prometeu “para breve”, uma comunicação à nação para anunciar a sua decisão sobre a situação política dos últimos dias.

O chefe de Estado guineense que voltou ao país, após três dias no Senegal, onde se encontrou com os seus homólogos daquele país e da Guiné-Conacri, disse à imprensa no aeroporto de Bissau, ter discutido com eles a situação na sub-região com particular destaque para a Guiné-Bissau, acrescentando não poder avançar mais detalhes. 

José Mario Vaz disse ter-se deslocado à Dacar a convite do seu "irmão" Macky Sall, presidente do Senegal e da conferência dos chefes de Estado da Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO). No encontro, a que se juntou o Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé. 

Ao descer do avião presidencial do Senegal que o transportou até Bissau, o Presidente guineense não cumprimentou o líder do parlamento do país, Cipriano Cassamá, nem o Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, que, cumprindo o protocolo, o foram esperar na pista do aeroporto de Bissau. 

Em passos largos e ladeado pelos dois, José Mário Vaz dirigiu-se, ao sair do avião, para a revista à guarda de honra militar, tendo de seguida cumprimentado alguns diplomatas que estavam no aeroporto. 

Depois de prestar curtas declarações aos jornalistas, o Presidente guineense dirigiu-se a centenas de populares, na sua maioria jovens, que o aguardavam nas imediações do aeroporto aos quais acenou. 

Ao longo da estrada a Lusa pode constatar dezenas de jovens que aguardavam pela caravana presidencial. Alguns estavam vestidos com 't-shirts' com o rosto de José Mário Vaz e a frase "Jomav (abreviatura do nome do Presidente) o povo está contigo". 

Chegado ao Palácio da Presidência, no centro de Bissau, o líder guineense apareceu nas varandas do edifício, ao lado dos seus conselheiros, tendo acenado aos manifestantes que têm clamado pelo não-dissolução do Governo. 

O momento foi pontuado por vivas a 'Jomav' e palavras de incentivo à paz e ao diálogo entre os dirigentes do país. 

A tensão política na Guiné-Bissau cresceu depois de divulgada a possibilidade de José Mário Vaz demitir o Governo alegando dificuldades de relacionamento com o Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, e por discordar de algumas medidas do Executivo.

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