Um novo estudo sobre a migração dos primeiros homens modernos, de África para o resto do mundo, refere que este processo terá ocorrido muito antes do que se previu: há mais de 200 mil anos, diz a revista NewScientist.
Segundo aquela publicação científica, a visão aceite sobre os ancestrais diretos do Homem atual é a de que o 'Homo Sapiens' evoluiu em África há 200 mil anos e permaneceu aí até há 60 mil anos, antes de rumar para o resto do mundo, através da Ásia e Médio Oriente.
Mas, uma equipa de investigadores da Universidade do Havai descobriu dois dentes, datados de há entre 70 mil e 125 mil anos, numa caverna de uma região autónoma de Guangxi, na China, que pode contrariar a tradicional história sobre como o 'Homo Sapiens' deixou África.
"Com base nas proporções dos dentes, a equipa argumenta que pelo menos um deles deve ter pertencido a um dos primeiros 'Homo Sapiens', que viveu no Período Quaternário", refere a revista científica.
Embora não esteja claro que os dentes pertençam a humanos modernos, uma vez que "muito pouco se sabe sobre como os dentes evoluíram ao longo dos milénios na Ásia", Erik Trinkaus, da Universidade de Washington em St. Louis, Missouri, afirmou que "um olhar mais atento na genética também sugere que houve uma migração mais cedo".
Recentemente, uma equipa de investigadores, liderado por Katerina Harvati, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, estudou o modelo de migração, analisando os genomas de populações indígenas do sudeste asiático.
Os pesquisadores descobriram que os dados genéticos explicam um êxodo anterior de África há cerca de 130 mil anos por parte do 'Homo Sapiens', que usou a rota costeira ao longo da península Arábica, Índia e Austrália, e, um segundo êxodo, através da Ásia e Médio Oriente.
Outros fósseis, com mais de 150 mil anos, encontrados em Israel reforçam a convicção dos paleontólogos sobre a migração do 'Homo Sapiens' há mais tempo do que os cientistas admitem.
DN
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