Bissau, 10 Mar 22 (ANG) – O veterano músico guineense Mário da Silva Monteiro vulgo (Maio Copé), que há 24 anos se encontrava no estrangeiro, concretamente em Portugal, prometeu hoje brindar os guineenses na próxima sexta-feira (11) com um concerto musical de “ guinendade”.
Copé disse que um dos motivos do seu silêncio, durantes vários anos, tem a ver com a falta de produtor que conhece bem o seu ritmo e estilo de trabalhar.
“Tenho a minha linha de cantar que nunca quis perder, somos aquela geração influenciada pelo estilo e ritmos nacionais, gumbé entre outros estilos que nos identificam”, sustentou o músico.
O mais recente álbum do músico foi gravado em 2018 e 2019, sob o título “No na Riba Terra”, e estava previsto que o lançamento do álbum fosse feito em Bissau.
De acordo com o cantor, a ideia não se concretizou devido o início da Pandemia da Covid-19, que na altura fez furor em toda a parte do mundo.
“O importante digo que estou bastante feliz por poder estar aqui hoje para matar saudades, e poder cantar para o meu povo. Fiz um álbum pensando no meu país, e os conteúdos que eu trouxe, mexem com a minha identidade e com a identidade dos meus conterrâneos, porque a sua mensagem sensibiliza a sociedade em geral”, declarou.
Maio Copé dirigiu-se aos músicos da nova-geração aconselhando-os para respeitarem as suas identidades culturais nas canções que produzem.
O Administrador da Empresa musical “Biombo Produções”, que investiu para a vinda do músico, Fautino Antigo Gomes vulgo (Djef-Biombo), disse que o concerto que estão a prever terá grande suporte, e que a primeira preocupação da comissão organizadora é de garantir segurança para todos.
“Para o concerto de amanhã já temos cerca de 200 militares que irão se juntar à alguns polícias para assegurar o esperado Show de Maio Copé”, disse Djef-Biombo.
Para Manecas Costa, um dos produtores do álbum “Nona Riba Terra”, Maio Copé é um músico do povo, e vai apresentar um trabalho “muito bem pensado”, cujo o consumo foi bastante positivo na Guiné-Bissau e noutros países dos Palops.
O Músico e compositor Manecas Costa realça ainda que, ele e Maio Copé, pretendem no futuro criar um projecto de apoio aos novos valores, através de aulas de música e teatro, nas diferentes escolas do país, para ensinar os mais novos.
Para o bem da cultura guineense, Manecas Costa apela aos intervenientes no setor a apostarem nos músicos nacionais.
Conosaba/ANG/LLA//SG
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