A Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau sugeriu hoje aos cidadãos portugueses residentes no país para retomarem a sua vida normal, com a "máxima prudência" e "seguindo escrupulosamente" as regras estabelecidas pelas autoridades.
"Tendo em conta as condições de segurança que agora se vivem, a Embaixada de Portugal em Bissau sugere a todos os cidadãos portugueses residentes ou em trânsito na Guiné-Bissau que, com a máxima prudência e seguindo escrupulosamente as regras estabelecidas pelas autoridades locais, retomem a sua vida normal", refere uma mensagem divulgada na rede social Facebook.
Homens armados atacaram na terça-feira o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
O ataque causou pelo menos oito mortos, segundo o último balanço do Governo, que reviu em baixa o número de vítimas mortais.
O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a "gente relacionada com o tráfico de droga".
O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou entretanto uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.
Na sequência dos acontecimentos, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou o envio de uma força de apoio à estabilização do país.
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.
Desde a declaração unilateral da sua independência de Portugal, em 1973, sofreu quatro golpes de Estado e várias outras tentativas que afetaram o desenvolvimento do país.
Conosaba/Lusa
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