terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

GIABA capacita jornalistas investigativos em matéria de crime organizado

A cidade de Acra, capital do Gana, acolhe de 21 a 23 de Fevereiro, em formato híbrido, um seminário regional de formação sobre o jornalismo de investigação, relativo aos crimes económicos e financeiros, destinado aos jornalistas da região.

Organizado pelo Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental (GIABA), o encontro juntou jornalistas de 15 países da CEDEAO e visa estabelecer uma aliança sólida com os Media de forma concertada, para a divulgação eficaz de informações sobre as questões de luta contra branqueamento e terrorismo violento, em particular sobre o mandato do GIABA, proporcionando uma oportunidade para os jornalistas adquirirem técnicas de pesquisa em matéria de recolha de informações e de investigação, assim como encorajar os Media a alimentarem internamente a cultura de investigação sobre práticas em causa.

Durante três dias, serão apresentados e discutidos temas como, quadro teórico para o jornalismo de investigação, recursos para jornalistas de investigação e ferramentas digitais destinadas à investigação, trabalhar com fontes no jornalismo de investigação: estabelecer confiança e promover a cooperação entre redes regionais, ética no jornalismo de investigação, compreender a avaliação nacional dos riscos de branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo, entre outros.

Na cerimónia de abertura, Kwaku Dua, chefe executivo da Célula Nacional de Informação do Gana, disse que é essencial que os relatórios dos jornalistas investigativos sejam precisos, apostando em fontes confiáveis. Mais adiante, aconselhou aos homens de imprensa a revelarem factos e sempre tomarem uma posição necessária.

O responsável disse esperar que encontro irá capacitar e explorar ferramentas para os jornalistas investigativos. Elogiou o GIABA pelo programa de formação, exortando aos participantes a aproveitarem a oportunidade de formação.

Por sua vez, Buno Nduka, em representação do diretor do GIABA, mostrou o interesse da organização na luta contra os crimes financeiros, embora reconheça que a região da CEDEAO está a passar por um período difícil, pelo que a mídia tem um papel importante a desempenhar na luta contra crime organizado.

Esse responsável disse que a sua instituição está interessada em promover uma abordagem holística, em que a capacidade de divulgação dos homens de imprensa conta e muito.

De salientar que o GIABA foi criado pela Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental no ano de 2000. A sua criação é uma resposta e contribuição significativa da CEDEAO para a luta contra o branqueamento de capitais.

È uma instituição especializada da CEDEAO, responsável pelo reforço da capacidade dos Estados membros, para a prevenção e o controlo do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo na região. Além dos países integrantes, o GIABA atribui estatuto de observador a Estados africanos e não africanos, bem como a organizações intergovernamentais que apoiam os seus objetivos e ações e que solicitaram o estatuto de observador.

São elegíveis ao estatuto de observador, os bancos centrais dos Estados signatários, as comissões regionais de Valores Mobiliários e Câmbio, a UEMOA, o Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD), o Conselho Regional de Poupança e Mercados Financeiros, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (ONUDC), o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o GAFI, a Interpol, a OMA, o Secretariado da Commonwealth e a União Europeia.

Elci Pereira Dias, enviado especial
Conosaba/jornalnopintcha

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