A Agência Nacional de Cajú da Guiné-Bissau (ANCA-GB) anunciou que pretende recuperar a produtividade de cajú de 300 para 1.500 kg/hectare, bem como a qualidade de produção com técnicas adequadas à realidade dos produtores locais.
O anúncio foi feito pelo presidente da Agência Nacional de Cajú, Caustar Dafá, esta terça-feira, 15 de fevereiro de 2022, em conferência de imprensa para fazer balanço da missão técnica realizada ao Brasil pelo presidente do Conselho de Administração da ANCA.
Cautar Dafá anunciou ter assinado um acordo de cooperação técnica, tendo alertado que é preciso haver vontade política para que efetivamente o país possa recuperar a produtividade de cajú.
O presidente da Agência Nacional de Cajú disse que a visita que efetuou ao Brasil, na segunda quinzena de janeiro, trouxe benefícios para a Guiné-Bissau e conseguiu alguns acordos voltados à promoção e desenvolvimento na cadeia de cajú.
Dafá reconheceu que a Guiné-Bissau regista um baixo rendimento de cajú e disse que a Costa do Marfim tinha um rendimento muito mais baixo em relação à Guiné-Bissau, mas “hoje tem um rendimento de quase um milhão de toneladas e o país ficou para atrás”.
“Investigamos para saber qual era o motivo, afinal é o Brasil que está a investir neste . A Costa do Marfim fez reformas e introduziu vertentes científicas”, frisou.
Dafá explicou que no acordo de parceria assinado com o Brasil, pretendem transferir toda a tecnologia relativamente à instalação e fabricação das máquinas de processamento da castanha de cajú na Guiné-Bissau.
O presidente da ANCA explicou que os parceiros brasileiros recomendaram a Agência para criar uma fábrica de processamento do produto no país.
Por sua vez, o presidente do Quadro Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau, Alanso Fati, defendeu que é preciso investir na tecnologia para poder desenvolver a produção de cajú e evitar o modelo ultrapassado de trabalhar em bruto e poder gerir o tempo.
Alanso Fati criticou a situação em que se encontram os camponeses, uma vez que têm todas as condições necessárias para produzir riqueza.
“É necessário criar condições para que haja melhor produção de cajú, igual a dos países da sub-região”, defendeu, para de seguida anunciar que a sua organização vai reunir-se com o chefe de Estado, o primeiro-ministro governo e o ministro da área para transmitir-lhes as necessidades urgentes e persuadi-los a terem maior sensibilidade com a produção de cajú.
“É um setor que tem dinheiro e esse dinheiro deve ser investido para o desenvolvimento da fileira do cajú na Guiné-Bissau”, referiu e disse que a Guiné-Bissau não está com falta de homens capazes para trabalhar e melhorar a produtividade de cajú.
“Falta apenas meios de trabalho e incentivos para fazer crescer o setor de cajú”, enfatizou.
Por: Djamila da Silva
Conosaba/odemocratagb
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