Bissau, 24 Fev 22 (ANG) - A comissão que foi criada pela junta militar, que controla o país há cerca de um mês, propôs uma transição de 30 meses antes do regresso à ordem constitucional.
30 meses de transição, eis a proposta da comissão criada pela junta militar. 30 meses em que o chefe da junta militar, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, deveria dirigir o país com o apoio de um Governo e de um órgão legislativo, que deverão contar respectivamente com 20 e 50 membros, no máximo.
No entanto, esta proposta ainda deve ser validada pelas autoridades do país e também pela CEDEAO que suspendeu o país da organização e pede um calendário «razoável» para o regresso à ordem constitucional.
Recorde-se que na semana passada, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba foi empossado Presidente do Burkina Faso pelo Conselho Constitucional do país.
O Presidente destituído, Roch Marc Christian Kaboré, continua detido pela junta militar, o que preocupa o seu partido, o MPP - Movimento do Povo pelo Progresso. O partido pediu à junta militar que liberte imediatamente o agora antigo Presidente, detido desde 24 de Janeiro de 2022.
Segundo o presidente do MPP, Allasane Bala Sakandé, as condições de detenção de Roch Marc Christian Kaboré tendem a degradar-se, o que contradiz as recentes declarações de Paul-Henri Sandaogo Damiba que afirmou que iria respeitar os direitos fundamentais de todos os cidadãos do país.
Conosaba/ANG/RFI
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