sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Professores e colegas lembram Sissoco Embaló como aluno extrovertido

Foto/Escola do E. B. III Congresso/Facebook


As escolas do Ensino Básico Guerra Mendes, no Bairro de Pluba-2, e III Congresso em São Vicente Paulo, em Bissau, são dois de alguns estabelecimentos de ensino que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, frequentou durante a sua infância, tendo os seus professores e colegas o terem considerado de aluno bem comportado e de fácil assimilação das matérias.

O Nô Pintcha deslocou-se àquelas duas instituições do ensino, localizadas nos Bairros de Plubá-2 e São Vicente Paulo, para ouvir os professores, no quadro do Dia do Professor guineense, 17 de fevereiro, data da morte do herói nacional, o professor Areolino Lopes da Cruz.

O professor José Abas Embaló, vulgo “professor Abas” afirmou que naquela altura, Sissoco Embaló, como aluno, era muito famoso e “bazofo” junto dos seus colegas e gostava sempre de ser líder em qualquer trabalho que o professor os ordenava e, mesmo no jogo escolar, sempre queria ser capitão da equipa.

“A sua maneira de estar junto dos colegas, muitos ficavam com ciúmes dele, porque as meninas gostavam de se divertir mais com ele no intervalo, dada a sua simplicidade e sentido de humor, lembra o professor.

Abas Embaló acrescentou ainda que a fama de Umaro Sissoco Embaló subiu de grau, sobretudo quando estudava 5ª e 6ª classe na Escola III Congresso. Independentemente de estar sempre em altura dos conteúdos ministrados pelos professores, ele gostava de andar constantemente limpo e o seu estilo despertava atenção aos colegas e os professores gostavam dele, pela sua elegância.

Na equipa Ultramar

O professor Abas sublinhou que pela coincidência teve privilégio de ser treinador de futebol do atual Chefe de Estado na sua fase de adolescência, infantojuvenil, na equipa Ultramar, que o próprio professor fundou nos primórdios da década de 80, no Bairro de Pluba.

Lembrou que muitos dos seus colegas criticavam que ele não jogava bem e sempre exigiam da substituição do campo, porque era moroso, pois, não ia a rigor na disputa de bola.

“Umaro dizia que hoje estão a contestar a minha presença no campo, mas há-de chegar um dia em que para me verem serão obrigados a marcar audiência”, recorda o professor.

Pessoa simples e aberto

Abubacar Seide, vulgo Apatche, um dos colegas de turma e do Bairro de Pluba onde Umaro Sissoco Embaló nasceu, considera o atual Chefe de Estado de pessoa simples e aberta junto de colegas da escola e os mais velhos.

Contudo, segundo Apatche, às vezes surgia atritos durante o jogo entre colegas, coisa que era normal nas pessoas, principalmente nos jovens e adolescentes.

“A verdade é que ele gostava de ir a escola, não me lembro o dia em que ele faltou às aulas e até os professores gostavam dele, pela sua brincadeira de mostrar que era um jovem com mais fama em relação aos colegas. Eu, em particular não dava importância, embora alguns ficariam aborrecidos com ele”, referiu.

Por outro lado, lembrou que naquela fase juvenil havia muitas rivalidades entre colegas, quer no campo, assim como dentro do próprio bairro. “Para ser sincero, Umaro Sissoco era um jovem simples e não violento, quer verbal ou física e muito menos odiar as pessoas.

“O problema dele, na altura, era de mostrar que é mais bonito e famoso entre colegas com capacidade de conquistar qualquer coisa que quisesse”, lembra Apatchi.

Gosto de ir ao quadro

Gonçalves Armado da Silva, vulgo “Gulit”, colega da infância de Umaro Sissoco Embaló, lembrou que este sempre usava o bom senso perante os colegas e não gosta de perturbar as aulas e ele sempre estava atento às explicações do professor, assim como gostava de ser solicitado para ir ao quadro fazer exercícios.

Umaro tinha boas relações com toda gente, tanto na escola, assim como no bairro que o viu nascer. Ele precisava sempre de ter amigos ao seu lado, para compartilhar segredos, pedir conselhos ou seja, para passar um tempinho para divertir e rindo.

No entender de Gonçalves, amizade é para todos os momentos, quer na tristeza, assim como na felicidade, aliás, segundo ele, é esta a característica de Umaro Sissoco. “Ele fez tudo por tudo para criar amizades com colegas e os mais velhos”, lembra.

“Jogávamos juntos na equipa Estaca, que o Lino Leal, vulgo Puntcha, criou no nosso bairro, Pluba. Ele era um dos colegas que o mister mais pressionava para melhorar a forma de jogar a bola. Infelizmente, não conseguiu convencer o mister Puntcha”, revelou Gonçalves.

Mesmo assim, acrescenta, Umaro não desistia facilmente de se juntar com colegas na equipa, brincando ao seu estilo, extrovertido com companheiros, nomeadamente GBD, “Manel Iagu”, Tanqui, Matchinho, Luciano, Pedrinho, Tita e até com o próprio mister.

Texto e fotos: Fulgêncio Mendes Borges

Conosaba/jornalnopintcha

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