quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA COLOCAM 17 MILHÕES DE DÓLARES A DISPOSIÇÃO DO GOVERNO GUINEENSE

O departamento da Agricultura dos Estados da América (USDA), através de McGovern-Dole, Programa Internacional de Alimentação Escolar e Nutrição de Crianças, disponibilizou 17 milhões de dólares ao governo da Guiné-Bissau através da Catholic Relief Services-CRS, para implementação do projeto MeREECE (melhoria do Rendimento Escolar e Económico das Comunidades Educativas na Guiné-Bissau).

O projeto lançado esta segunda-feira, 07 de dezembro de 2021, com a duração de quatro anos, de 01 de outubro de 2019 a 30 de setembro de 2023, prevê atingir 197, 419 beneficiários, nas 350 escolas e comunidades das regiões de Oio, Cacheu, Bafatá, Gabu e Quinará, onde está a ser implementado, bem como melhorar a aprendizagem das crianças em idade escolar, aumentar o uso de práticas de saúde, nutrição e alimentação dos alunos.

O ato teve lugar em Nhacra, região de Oio, e contou com as presenças do representante da embaixada dos EUA com residência em Dakar, Charles Musselman, e da diretora regional da Catholic Relief Services-CRS para a África Ocidental, Jannifer Overton.

No seu discurso, o ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Cirilo Mama Saliu Djaló, alertou que o ministério da educação será vigilante e rigoroso quanto à distribuição desses géneros (arroz, feijão e óleo alimentar) nas quatro regiões.

Em reação às preocupações levantadas por diferentes entidades em relação à situação do setor do ensino guineense, o ministro disse que o governo tudo fará para que o direito à educação, consagrado na Constituição, não seja comprometido e pediu aos professores para serem patriotas, porque “greves no setor da educação não vão ajudar no desenvolvimento do país”.

“São 17 milhões de dólares, impostos de outros povos doados para o bem-estar das nossas crianças, portanto esses géneros devem ser bem geridos e colocados à disposição dos seus destinatários”, salientou.

Frisou que o ministério da educação tem uma rede completa de vigilância a começar pelos pais e encarregados de educação, poder tradicional (régulos, Imames e chefes de tabancas), governos regionais, professores, diretores das escolas e a Polícia Judiciária para controlar a gestão desses géneros.

“Quem desviar pelo menos um quilograma de arroz, feijão ou óleo alimentar será punido de acordo com a lei”, alertou e pediu a união de esforços, diálogo sério, permanente e inclusivo com os sindicatos do setor

As atividades do projeto incluem a melhoria da assiduidade dos professores e dos alunos, o fornecimento de refeições escolares, formação de professores, criação de grupos de poupança e crédito nas comunidades e reforço de capacidades aos parceiros.

O projeto MeREECE trabalha em parceria com o governo da Guiné-Bissau, através dos Ministérios da Educação Nacional e Ensino Superior e da Saúde Pública e com parceiros de implementação: Plan Internacional Guiné-Bissau e Cáritas da Guiné-Bissau.

Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
Conosaba/odemocratagb

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