Um dos candidatos a presidente do Partido da Renovação Social (PRS), António Artur Sanhá, denunciou que existem “mãos ocultas, irresponsáveis e venenosas” que querem perturbar o funcionamento do partido e chama atenção a esses indivíduos que se abstenham de se meter nos assuntos internos do partido.
António Artur Sanhá fez essa denúncia esta terça-feira, 7 de dezembro de 2021, em contestação à forma como o processo da organização do VI° Congresso do partido está a ser gerido, sobretudo na escolha de delegados que decorreu a 4 de mês em curso em todo o território nacional.
O dirigente do PRS não foi específico na sua comunicação, nem disse de quem seriam essas “mãos ocultas”, mas frisou que as mesmas têm como principais vetores alguns dirigentes do partido, tendo avisado que a sua candidatura não vai permitir que os acontecimentos ocorridos no congresso de 2017, no ilhéu de Gardete, arredores de Bissau, se repitam no Congresso previsto para de 16 a 19 de dezembro em curso.
Na sua mensagem de contestação dirigida aos militantes do partido e aos delegados ao Congresso, Sanhá criticou o que chama “desvalorização” dos princípios fundamentais dos estatutos do partido e recrutamento “indevido” de indivíduos não militantes e que não reúnem as exigências imperativas para os cadernos eleitorais, criando “votos fantasmas” e manipulações por “pré-combinação”, violando “gravemente” as condições da capacidade eleitoral estabelecidas nos números 1 a 3 do art. 7 do regulamento do congresso.
Segundo Artur Sanhá, houve irregularidades gritantes na escolha de delegados ao Congresso, atitudes essas que podem afundar ainda mais o partido e denunciou que em Catió elementos que apoiam Alberto Nambeia ignoraram todos os procedimentos estabelecidos, privilegiando a lista do candidato a sua própria sucessão.
“Na região de Oio, setor de Mansoa, no dia 28 de novembro passado, o coordenador do partido para esta região, Cláudio Quebai, foi alvo de tentativa de agressão na sua própria casa em Mansoa”, denunciou Artur Sanhá.
Artur Sanhá revelou ainda que na região de Gabu no universo de 752 delegados que estavam previstos para votar, apenas 214 votaram.
“Destes, a maioria foi trazida de outras localidades com orientação de voto e a facilidade de votar”, indicou na sua nota de contestação, frisando que o presidente da comissão Comissão Organizadora do Congresso (C.O.C) do setor de Bula, região de Cacheu, não é membro do Conselho Nacional (CN), contrariando os estatutos do partido.
“Tudo isso demonstra uma incoerência total entre atitudes protagonizadas pela C.O.C e o lema do VI congresso “legado de Dr.Kumba Yalá face aos novos desafios”, ferindo os princípios da liberdade, da transparência e da justiça.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
Conosaba/odemocratagb
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