O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde ( PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse que não é possível que continue haver, dentro do PAIGC, inimigos permanentes nas estruturas do partido. Pereira criticou também os militantes e dirigentes que acusou de priorizarem agendas pessoais, colocando em causa os interesses comuns do partido.
O presidente do partido libertador fez essa crítica na abertura dos trabalhos da primeira sessão ordinária do Comité Central esta sexta-feira, 11 de junho de 2021, na qual diz aceitar os contraditórios dentro do partido, desde que sejam capazes de produzir respostas necessárias.
Em declarações aos jornalistas, depois de abertura da sessão dos trabalhos, que decorre nos dias 11 e 12 de junho no ilheu de Gardete, arredores de Cumura, setor de Prábis, Simões Pereira defendeu que é preciso colocar o partido em primeiro lugar e disse que o PAIGC “é o único partido com ideologias”.
“Nós queremos que esta primeira reunião ordinária do Comité Central seja mais do que um ato simbólico de retoma dos órgãos superiores do partido, que aqui se produza um debate de substância e tudo aquilo que preocupa os militantes e dirigentes seja discutido”, precisou.
Simões Pereira salientou que o partido quer também maximizar os ganhos que já vêm do Bureau Político do PAIGC.
“Pode até parecer uma provocação, já que estou a enunciar um conjunto de questões que deverão merecer maior interesse por parte dos membros do Comité Central. Estou à vontade, porque não se trata de uma interpelação ao Domingos Simões Pereira, mas sim, aos dirigentes do PAIGC, que deverão não só ser bons em colocar questões, mas também encontrar respostas às mesmas questões “.
Pediu aos militantes e dirigentes a distanciar-se de violências e insultos, nas redes sociais, contra militantes ou dirigentes críticos à sua pessoa. Porém, sublinhou que não é possível que continue haver, dentro do PAIGC, inimigos permanentes e definitivos nas estruturas do partido.
A primeira sessão ordinária do Comité Central acontece vinte meses depois da última reunião do órgão. Dos 351 membros que constituem aquele maior órgão de consulta do partido, apenas 184 estavam presentes na abertura.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
Conosaba/odemocratagb
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