As vendedeiras de peixe nos maiores mercados de Bissau, nomeadamente Caracol, feira de Antula e mercado informal de Bandim (feira de metade),reclamam do elevado preço de peixe praticado pelos fornecedores e dizem que um cartão do pescado chega a custar de dezoito mil a cinquenta mil francos cfa, dependendo da quantidade ou da qualidade do peixe.
As vozes de preocupação das vendedeiras de peixe foram ouvidas no quadro da visita do ministro das Pescas, Mário Fambé, para se inteirar da situação do pescado nos diferentes mercados da cidade de Bissau.
As peixeiras afirmaram que há peixe na Guiné-Bissau, só que os fornecedores estão a vendê-lo a um preço exorbitante, por isso a maioria da população não tem condições financeiras para poder comprá-lo.
Após ouvir as lamentações das vendedeiras nos três mercados que visitou, Mário Fambé assegurou que o objetivo do ministério que tutela é mudar pirâmide do peixe no mercado guineense, permitindo que cada cidadão tenha condições para comprar peixe a um preço razoável.
Fambé garantiu que a estratégia para mitigar essa situação seria inundar os mercados da Guiné-Bissau com peixes, o que obrigaria os fornecedores a baixarem os preços. Por outro lado poderia atrair compradores senegaleses para se abastecerem em peixe no país e não comprarem-nos o pescado e revendê-lo no mercado guineense, informando que o governo está a trabalhar para criar as condições para abastecer regularmente o mercado para que haja uma baixa do preço do pescado ao consumidor final.
“Temos já a mínima noção do que está a acontecer e por onde começar a trabalhar. O peixe está muito caro no mercado, e, quando uma vendedeira compra peixe a esses preços, a população não terá como adquirir pescado tendo em conta seu poder de compra” frisou.
O governante enfatizou que quem tiver licença para pescar terá como obrigação abastecer o mercado nacional.
Fambé disse querer reativar a dinâmica da antiga empresa Estrela do Mar para fornecer pescado, de forma a regular o mercado de Bissau e os de todas as regiões país. Neste particular, perspetiva criar câmaras de conservação nos setores para onde o Estado terá que levar o pescado, em câmaras frigoríficas.
Por: Djamila da Silva
Foto: D. S
Conosaba/odemocratagb
Sem comentários:
Enviar um comentário