O Governo da Guiné-Bissau vai passar a assumir as despesas de funcionamento do Hospital Raoul Follereau, principal unidade de tratamento de tuberculose do país, anunciou hoje, em comunicado, o Ministério das Finanças.
O Hospital Raoul Follereau era apoiado por uma organização não-governamental italiana, que desde 2018 deixou de fornecer ajuda por estar a passar por dificuldades financeiras.
"Esta intervenção visa colmatar o vazio deixado pela organização não-governamental italiana, que geria o hospital", explica-se no comunicado.
O Ministério das Finanças vai passar a pagar mensalmente mais de 30 milhões de francos cfa (cerca de 45 mil euros) para as despesas de funcionamento daquela unidade de saúde, nomeadamente compra de alimentos, medicamentos e combustível.
Durante o mês de junho, o Ministério das Finanças já desembolsou quase 20 milhões de francos cfa (cerca de 30 mil euros), acrescentou.
Em declarações à Lusa, no início de maio, o diretor do Hospital Raoul Follerau, Armando Sifna, anunciou que tinha suspendido o internamento de doentes por falta de alimentos e também devido à greve na função pública, que prossegue até 30 de junho.
Em maio, o hospital tinha internadas 40 pessoas, três dos quais com tuberculose muito resistente e os restantes com tuberculose sensível.
Conosaba/Lusa
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