O deputado da bancada parlamentar da União para a Mudança (UM), Agnelo Augusto Regala, pediu esta segunda-feira, 28 de junho de 2021, ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para dar explicações aos guineenses sobre razões que estaria por detrás do desentendimento entre ele e o Presidente da Guiné Conacri, Alpha Condé.
Acrescentou que o povo guineense está interessado em saber se a discórdia entre os dois chefes de Estado tem a ver só com o fecho de fronteiras ou com um concurso no porto de Conacri, tendo escusado avançar com mais pormenores sobre o concurso.
O deputado e líder da União para a Mudança fez este pedido no período antes da ordem do dia no Parlamento, referindo à recente declaração do chefe de Estado na Cimeira da CEDEAO em Acra. Frisou que o Presidente Embaló deve ter em conta a questão da relação entre Estados, porque ele representa o Estado guineense nas organizações internacionais.
Assegurou na sua intervenção que as relações entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri são históricas, pelo que deve ser procurada a melhor maneira de sustentar essas relações respeitando pelo menos o povo daquele país que no passado abrigou combatentes da liberdade da pátria no período da luta de libertação nacional.
O deputado criticou também o ministro do Estado, do Interior, Botche Candé, que segundo o deputado, tem muita coisa para fazer nomeadamente, garantir a segurança do povo guineense mas que tem estado a realizar campanha política em diferentes regiões do país com os fundos públicos sobretudo no período de estado de alerta.
O deputado da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Dionísio Pereira denunciou que já completou um ano que atual ministro do interior, Botche Candé apreendeu quatro vedetas que fazia ligação para ilhas: duas pertences ao PAIGC e outras ao serviço da população de ilhas, sem nenhuma explicação e cada dia essas vedetas estão a degradar por falta de manutenção.
“O ministro do Interior deve saber que últimas pessoas que lutaram com colonialistas portugueses em 1936 foram etnia bijagós, de maneira que Botche Candé está a provocar uma guerra que ele mesmo vai perder, porque o silêncio de populares das ilhas não é sinônimo de covardia. Por isso seria melhor evitar antes de despoletar conflitos que ninguém poderá controlar. Porque as pessoas estão a morrer cada dia nas águas no mar, quando tentam atravessar para a capital Bissau ou outras ilhas arredores. Os doentes graves não podem ser evacuados de urgência, devido à apreensão das vedetas que faziam esse serviço”, alertou.
Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb
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