Bissau, 25 jun 2021 (Lusa) – O Governo da Guiné-Bissau decidiu prolongar o estado de alerta no país, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, até 08 de julho, segundo o decreto divulgado hoje à imprensa.
“O presente diploma declara o estado de alerta à saúde pública causado pelo novo coronavírus, conhecido por SARS-CoV-2 e atualiza, em consequência, medidas excecionais, temporárias e restritivas de alguns direitos, liberdades e garantias e as regras de funcionamento dos serviços públicos e privados, no âmbito da prevenção e combate”, pode ler-se no documento.
O estado de alerta vai vigorar durante 15 dias, até 08 de julho, e depois a situação será avaliada, tendo em conta a evolução da doença no país.
As medidas excecionais e restritivas mantêm-se, nomeadamente a utilização obrigatória de máscara na via pública, espaços fechados e nos transportes públicos e distanciamento obrigatório.
A decisão do Governo foi tomada tendo em conta o aumento do número de casos de covid-19 no país e o anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que está em curso uma terceira vaga da pandemia em África.
O Governo também teve em conta a baixa capacidade e vontade das forças de segurança para fazerem cumprir as regras em vigor, que tem permitido um “desleixo por parte da população”.
“Alia-se a este facto, ou talvez reforçado por este facto, a falta de consciência dos riscos e até a aceitação da existência de covid-19 no país, amplificada pela desinformação, tem determinado a atitude dos cidadãos”, em relação ao cumprimento das medidas, sublinha o Governo.
O executivo guineense também teve em conta o aumento dos casos em Portugal, “ponte fundamental do país com o exterior”.
Em maio, as autoridades guineenses baixaram o nível de prevenção, que passou de estado de calamidade para alerta devido aos poucos casos de covid-19 que estavam a ser registados no país.
Desde que foram detetados os primeiros casos de covid-19 no país, em março de 2020, a Guiné-Bissau regista um total acumulado de 3.844 casos e 69 vítimas mortais.
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