O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, fez críticas aos países que continuam a não reconhecer a vontade política dos chefes de Estado da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) sobre a mobilidade a nível na comunidade.
O líder do Parlamento guineense fez estas críticas, sem citar nomes, em declarações aos jornalistas esta segunda-feira, 28 de junho de 2021, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, quem convidou para presidir a cerimónia de abertura da conferência de AP-CPLP, uma estrutura constituída pelos parlamentares da CPLP e que reúne-se em Bissau no 7 de julho.
Cassamá disse que sairão algumas recomendações ou resoluções da conferência que serão analisadas na cimeira dos chefes de Estado da CPLP nos dias 16 e 17 do mesmo mês em Luanda, Angola. Garantiu que participará da cimeira de Luanda para representar todos os líderes parlamentares da comunidade lusófona.
“Acabei de ser recebido pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló ao nosso pedido, enquanto parlamentar da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), para o convidar a presidir a sessão de Assembleia Parlamentar da CPLP no dia 7, porque chegarão a Guiné-Bissau, oito presidentes dos diferentes países da Comunidade, também vem o Secretário Executivo da Organização e o diretor do Instituto Internacional da Língua portuguesa”, sublinhou.
O líder do parlamento guineense, informou que AP-CPLP é um órgão que reúne os seus representantes que são indicados, através de uma representação de cada parlamento dos países membros para realizar uma reunião que considera de “muito importante”. Enfatizou que a Guiné-Bissau irá iniciar a sua presidência da Assembleia Parlamentar da CPLP, durante esta conferência e que ele passará a dirigir esta organização.
Cipriano Cassamá, assegurou que informou o chefe de Estado das comissões que foram designadas, das personalidades que virão para participar no evento e também pediu o seu apoio logístico para facilitar o funcionamento da grande conferência, tendo assegurado que o Presidente da República comprometeu-se a engajar como de sempre e que dará toda ajuda necessária para a sua realização.
“AP-CPLP não é um parlamento qualquer. Tem a responsabilidade de fiscalizar a governação dos países membros, e trabalha na área económica, cultural, científica e de estado de direito democrático e reforço da democracia. A mobilidade para nós deve ser um lema muito importante, tornando essa preocupação numa realidade. Não podemos permitir que estando numa comunidade e que alguns países insistem em não reconhecer essa vontade política dos chefes de Estado na mobilidade”, criticou.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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