Bissau, 22 Jun 21 (ANG) – O Alto Comissariado para a Covid-19 através do Grupo de Comunicadores de Risco e Engajamento Comunitário (CREC), iniciou hoje uma sessão de formação sobre administração da vacina e quem deve tomá-las, envolvendo 100 jovens de diferentes bairros de Bissau.
Nesta 1ª fase e com duração de um dia, vão ser capacitados 40 dos cem jovens selecionados por 10 zonas que inclui Associações dos moradores dos bairros, Agentes de Saúde Comunitário (ASC), Cruz Vermelha e Associação Nacional de Promotores de Medicina Tradicional (PROMETRA).
No ato de abertura da formação, a Alta Comissária para Covid-19, Magda Nely Silva Robalo disse que a formação visa o reforço da sensibilização das populações sobre o risco de contrair a Covid-19, as medidas que se devem tomar para evitar a infeção e o que se deve fazer, em caso de alguém esteja infectado por novo coronavírus.
“Nas últimas semanas, o CREC teve envolvido nos “djumbai”, em todos os bairros de Bissau com associações de mulheres, jovens e religiosos para sensibilizar sobre a Covid-19. Agora decidiu-se multiplicar os números de pessoas que vão fazer esses djumbais através desta formação”, disse Magda Robalo adiantando que a referida formação vai ser alargada às regiões, visto que, de acordo com ela, a Covid é um problema nacional.
Magda Robalo reafirma aos guineenses que a Covid é real e existe, justificando que apesar de muitas desinformações sobre a referida pandemia as populações devem continuar a se proteger contra a Covid, lavando as mãos com água e sabão, usando a máscara, evitar aglomerações, não colocar as mãos na boca ou no nariz, e se alguém sentir a febre que procure o centro de saúde para fazer o teste para evitar a contaminar outras pessoas.
Disse esperar que, depois desta sessão de formação, os formandos tenham conhecimentos e técnicas de comunicação necessárias para convencer as pessoas nos bairros de que a Covid existe e que é possível se proteger obdecendo as recomendações sanitárias sobre as medidas de prevenção.
Para Pedro Vaz, Diretor Nacional de Agentes de Saúde Comunitários (ASC), o país está perante um desafio que não é da responsabilidade exclusiva do Alto Comissariado para a Covid, mas sim de todos os guineenses.
“Vimos qual é o comportamento das pessoas em relação a pandemia. Se vejamos hoje em dia, até parece que a Alta Comissária já deu declaração de que o coronavírus acabou na Guiné-Bissau, porque já ninguém usa máscara nos transportes e em outros lugares, é um relaxo autêntico”, destacou.
Pedro Vaz sustentou que a comunicação é o alicerce de tudo, acrescentando que só o Alto Comissariado, Ministério da Saúde ou a Cruz Vermalha não podem levar esse trabalho à todo o país sem apoio das organizações vocacionadas e associações de bairros.
O Coordenador do CREC, Amadú Buaró assegurou que o grupo que lidera tem uma visão para fazer uma comunicação de proximidade, sublinhando que não existe pessoas que conhecem mais os bairros do que os próprios moradores.
Buaró acrescentou que os formandos vão poder nos próximos tempos trabalhar diretamente com as suas comunidades.
Conosaba/ANG/DMG/ÀC//SG
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