O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse hoje que a reunião do comité central deve ser "mais que um ato simbólico" e servir para um debate de substância.
"Nós queremos que esta primeira reunião ordinária do comité central seja mais que um ato simbólico de retoma dos órgãos superiores do partido, que aqui se produza de facto um debate de substância, que tudo aquilo que preocupa os militantes e os dirigentes seja discutido", afirmou aos jornalistas Domingos Simões Pereira.
O presidente do partido, vencedor das legislativas de 2019, mas que não está no Governo na Guiné-Bissau, disse que na reunião do comité político se pretende maximizar os "ganhos que já vêm do `bureau` político".
"Isto não é uma interpelação ao Domingos, mas aos dirigentes do PAIGC que deverão ser não só bons a colocar questões, mas a encontrar respostas às questões", afirmou Simões Pereira.
A reunião ordinária do comité central do PAIGC, que deverá terminar sábado, não se realizava há mais de 20 meses por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
No passado dia 05, o PAIGC reuniu o `bureau` político, que decidiu aceitar os resultados das presidenciais de 2019 na Guiné-Bissau, que ditaram a derrota de Domingos Simões Pereira, mas o partido só vai reconhecer o atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, se tomar posse "formalmente, à luz da lei do país".
O `bureau` político apreciou a situação política do país, pronunciou-se para um distanciamento do partido em relação aos posicionamentos de ativistas e militantes nas redes sociais e ainda aprovou várias moções de solidariedade para com as populações e dirigentes.
Neste particular, o partido aprovou uma moção de confiança a Domingos Simões Pereira, "pela forma sábia e competente" com que tem dirigido o PAIGC, perante o que classifica como uma "crise persistente" no país.
Conosaba/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário