O Presidente angolano, João Lourenço, decidiu colocar à venda o "Palace Hotel de Bissau", onde se encontra atualmente instalada a embaixada de Angola na Guiné-Bissau, e mudar a missão diplomática para outro imóvel, segundo um despacho presidencial a que a Lusa teve hoje acesso.
De acordo com o despacho presidencial, publicado no Diário da República a 01 de abril, a decisão de venda foi tomada porque o imóvel, devido à sua "dimensão e custos de manutenção, não responde de forma satisfatória às necessidades da missão diplomática naquele país".
"Tendo em conta que a missão diplomática de Angola na Guiné-Bissau dispõe de outro imóvel que responde adequadamente às suas necessidades", o Presidente de Angola determinou autorizar a alienação do "Palace Hotel de Bissau" e encarregar o ministro das Finanças angolano da sua venda.
O "Palace Hotel de Bissau" foi construído por Taiwan, quando a Guiné-Bissau não tinha relações diplomáticas com a China, e chegou a funcionar como parlamento do país.
Em julho de 2006, foi naquele hotel que se realizou a cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O edifício acabaria por ser vendido a uma empresa argelina que o voltou a pôr a funcionar como unidade hoteleira, mas que o acabou por vender ao Estado angolano para instalar a representação diplomática no país.
Angola comprou "Palace Hotel de Bissau" numa altura em que tinha reforçado as relações de cooperação e económicas com a Guiné-Bissau e tinha previsto arrancar com o projeto de exploração do bauxite e a construção de um porto de águas profundas em Buba.
Naquele espaço estava também instalada a missão militar angolana de apoio à reforma do setor de defesa e segurança (Missang), que acabou por sair da Guiné-Bissau em 2012, na sequência do golpe de Estado, tendo sido substituída por uma força militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Conosaba/DN.PT
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