O promotor de eventos, Lourenço da Silva, considerou o ano 2018 de positivo para a juventude Guineense, em termo de cultura e desporto, reconhecendo no entanto que ficou manchado pela greve no sector do ensino.
Numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi sobre prós e contras do ano de 2018 para a juventude guineense, Lourenço diz que foram constatadas grandes conquistas para a juventude neste ano, “porque temos o que nos distingue com o outro povo que é facto da cultura ser uma actividade vivida entre o povo da Guiné-Bissau,para isso, não esperamos que o governo nos ajude para mostrarmos o que somos capazes de fazer neste sector”.
Desporto em 2018
Nunca participou da Copa do Mundo e, até 2015, da Copa das Nações Africanas, onde chegou a ser banida em 1998 por ter desistido das eliminatórias da CAN de 1996 com as mesmas em andamento.
Com a vitória por 3 a 2 sobre a Zâmbia, a selecção nacional, conquistou pela primeira vez na sua história de futebol, a vaga para o campeonato africano que foi realizado no Gabão, tornando-se quarto país lusófona a participar neste torneio (outros foram Angola, Cabo-verde e Moçambique). Seus resultados mais expressivos são na Taça Amílcar Cabral quando obteve o vice-campeão da competição em 1983 e também por cinco vezes o quarto lugar em 1979, 1995, 2001, 2005 e 2007.
Em 2016, os Djurtos atingiu a sua melhor posição da história no Ranking da FIFA, chegando a 102ª posição e, fechando o ano 2018 na posição 120º, empatado o seu último jogo do ano com a Namíbia por zero golo, para classificação para CAN 2019.
“A selecção nacional continua a constituir orgulho nacional nestes últimos 4 anos e sabemos dos sacrifícios que os jogadores têm feito para garantir que o povo da Guiné mantém um certo orgulho de ser guineense dentro e como fora do país” realça sem esquecer das outras modalidades nomeadamente Judo, Luta livre, Boxe, etc…Apesar de todas as dificuldades que também estão a enfrentar “resumidamente a nível de desporto é um orgulho nacional termos talentos que temos hoje, felizmente temos esta área para poder manter vivo aquele espirito de patriotismo” enfatiza Lourenço.
A nível da eliminatória para a Taça da Confederação das Nações 2019, a selecção nacional lidera o grupo K com 8 pontos, seguida da Namíbia também com 8 pontos. Na última jornada para o apuramento, os Djurtos recebem em Março de 2019, no Estádio Nacional 24 de Setembro, “os Mambas” de Moçambique.
Cultura
O promotor do evento disse que apesar das crises política que se tem vivido nos últimos anos na Guiné-Bissau, a parte cultural serve de elo de ligação entre o povo guineense.
“ O país tem-se vivido ciclicamente num clima de instabilidade política mas que não atingiu o nível social que pode constituir a nossa preocupação porque justamente têm a cultura que constitui um principal elo de ligação entre diferentes grupos que compõe a sociedade guineense e muito particularmente a nossa camada juvenil” relembra.
Para Lourenço houve mudança de mentalidade que permite com que agora mesmo sem ajuda, a juventude consegue organizar muito melhor do que quando o estado intervir.
“ Houve grandes eventos internos e externos da Guiné-Bissau, apesar de não temos carnaval que desejamos mas temos individualidades que conseguiu, durante o carnaval entre o estádio 24 de setembro e o circuito de bairro de ajuda ainda com as imagens que vi no interior do país, organizar e cada um aproximando do local orgulhosamente para participar e para fazer se vibrar culturalmente” realça da Silva destacando o orgulho que o HIP HOP Guineense esta a dar ao povo guineense nos últimos tempos.
Ainda na mesma entrevista, Lourenço da Silva falou das conquistas dos músicos nacionais com os seus próprios meios e esforços. O analista lamenta a greve no sector do ensino que de alguma forma afectou a camada juvenil da Guiné-Bissau.
As conquistas em termos de formações internacionais em diferentes domínios para jovens, também foram elogiadas pelo comentador.
Por: Anézia Tavares Gomes/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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