O comentador da Rádio Sol Mansi (RSM) para os assuntos africanos, Edson Incopté, disse que o continente africano enfrenta situações de instabilidade política mas o que acontece na Guiné-Bissau acaba por ser um caso particular
Edson diz que o que acontece na Guiné-Bissau entre os políticos e órgãos de soberania neste ano de 2018 é falta do sentido de Estado porque os guineenses têm sempre dificuldades de encontrar líderes com espirito de liderança.
“Os conflitos institucionais verificados no país desde o início da crise que persiste há 3 anos, em grande medida é fruto da falta do sentido de Estado porque temos cada vez mais uma maior dificuldade em encontrar pessoas que pensam no Estado. Talvez estamos a ter pessoas que pesam em função de grupos, partidos ou interesses pessoais e isso acaba por ter um reflexo enorme quando os interesses se chocam”
Edson Incopté diz que a influência dos Estados da sub-região acaba por incentivar decisões dos responsáveis dos órgãos de soberania nacional. Segundo Edson, o facto da maioria dos países da sub-região ter um regime presidencial poderá influenciar a sustentabilidade das declarações do presidente José Mário Vaz que pede a revisão da constituição da república para que o país passe a ser presidencialismo evitando crises políticas constantes.
Para Edson o problema da Guiné-Bissau não está na constituição da república mas nas próprias pessoas que trabalham com o documento que “desrespeitaram ao longo da crise este documento”.
“Sabemos qual o regime impera na nossa sub-região e a Guiné-Bissau acaba por ser um caso particular. Não sei se o presidente ou se as pessoas têm noção do regime presidencial. Se calhar o nosso presidente pensa que será quem manda. Mas como cidadão li e pude constatar que existem umas lacunas mas a nossa constituição foi
Na mesma entrevista á RSM sobre prós e contras do continente africano no ano de 2018, Edson lembra que um dos entraves no desenvolvimento do continente são falta de vontade política em resolver os problemas e a instauração de regimes ditatoriais e depois acabam por não querer sair no poder e por vezes saem por via da força e aponta o caso do antigo presidente da vizinha Gambia.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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