A Guiné-Bissau começa 2019 focada na realização de eleições legislativas, mas já com os olhos postos nas eleições presidenciais, que também vão ocorrer durante o próximo ano.
As eleições legislativas estiveram inicialmente marcadas para 18 de novembro, mas atrasos no processo eleitoral, principalmente no arranque do recenseamento dos cidadãos, empurraram o escrutínio para o primeiro trimestre de 2019.
Ainda sem data marcada, o Governo, através do primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, já avançou que a data ideal seria 17 de fevereiro, mas em cima da mesa estão também os dias 24 de fevereiro e 10 de março.
A data das legislativas deve ser conhecida até sábado, quando se realiza a cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Abuja, na Nigéria.
Uma missão ministerial daquela organização, que está a acompanhar o conflito político na Guiné-Bissau, esteve recentemente no país e pediu a realização de eleições legislativas até ao final de janeiro de 2019 e que a data seja divulgada até à cimeira dos líderes da organização.
Em 2019, os guineenses vão escolher também um novo presidente para o país.
O atual chefe de Estado, José Mário Vaz, termina o mandato em junho e ainda não anunciou se vai recandidatar-se para o cargo.
A data para a realização das eleições presidenciais deverá ser conhecida também em 2019, já depois de realizadas as legislativas.
A crise económica e a necessidade de reformas estruturais são dois dos desafios do futuro governo depois de quase oito anos com o país marcado por bloqueios, primeiro por um golpe de estado e depois por conflitos institucionais entre o Presidente e o partido mais votado.
Estes problemas, a par das contínuas suspeitas de associação de poderes políticos ao tráfico internacional de droga, são alguns dos entraves que o país quer começar a ultrapassar em 2019.
Conosaba/Lusa
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