O embaixador da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Mbála Fernandes, defendeu ontem maior divulgação de conteúdos da história dos dois países nos currículos escolares mútuos.
"É preciso incutir na nova geração que Cabo Verde e a Guiné-Bissau, nós somos obrigados a conviver para o resto da nossa existência", disse Mbála Fernandes, em entrevista à agência Lusa.
A luta armada na Guiné-Bissau foi feita com muitos quadros cabo-verdianos e os dois países partilharam o governo durante os primeiros anos de independência.
A referência da união é Amílcar Cabral, o cabo-verdiano que liderou a guerrilha na Guiné-Bissau contra o poder colonial português, mas, para o diplomata guineense, a visão dos dois países sobre o político é "totalmente diferente".
"Para nós continua a ser aquela luz e guia de todos os cursos transversais, de todos os quadrantes políticos. Em Cabo Verde têm outra visão", afirmou, defendendo que "é necessário reeducar as pessoas, no sentido de conhecerem a sua identidade nacional".
"Na Guiné-Bissau temos feriado a 20 de janeiro por ser o dia da morte de Cabral, a 23 de janeiro, dia dos antigos combatentes vivos, a 30 de janeiro, dia das mulheres na Guiné-Bissau, dia em que morreu Titina Sila, quando se dirigia à Guiné para assistir ao funeral de Amílcar Cabral", salientou o diplomata.
Conosaba/Lusa
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