O primeiro-ministro, Aristides Gomes, considera de justa a greve dos motoristas dos transportes públicos da Guiné-Bissau tendo em conta os constrangimentos criados pelas forças de segurança
Numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi (RSM), esta sexta-feira (21), o primeiro-ministro, Aristides Gomes, acusa as forças policiais de aproveitarem dos motoristas acumulando riquezas ilícitas.
“São os próprios policiais que não deixam os motoristas trabalharem porque pedem dinheiro sistematicamente e montam brigadas em cada esquina. Os polícias abusam das fardas e das suas autoridades para aproveitarem dos coitados motoristas para acumularem as riquezas ilícitas”.
Aristides disse ainda que o seu pelouro opta pela implementação das regras obedecendo as leis e “todas as legislações existentes”.
“Desta forma ninguém irá pisar em alguém e, de facto, poderemos resolver os problemas do país”.
A greve dos motoristas foi suspensa, esta tarde (21), depois da assinatura do memorando entre o ministro dos transportes e o sindicato dos motoristas.
Educação
Na mesma entrevista exclusiva á RSM, o chefe do governo disse que a requisição civil é legal e, no entanto, um número significante dos professores está disponível para começar a trabalhar “neste momento estamos na época das férias e não saberemos o impacto do número dos professores voluntários”
“Se um dia tivermos a necessidade de fazer a requisição civil será nos limites estabelecidos na lei e portanto é perfeitamente legal em qualquer sector para defender os interesses da nossa sociedade e para defender o interesse da maioria deve recorrer a requisição civil para preencher lugar das pessoas que fazem greve contra a lei e greves ilimitadas que prejudicam os serviços públicos”.
O chefe do executivo disse que actualmente as pessoas entendem o sentido da “greve selvagem” porque “agora está claro que os grevistas devem saber que com a greve não devem prejudicar a educação e a vidas dos alunos e por isso devem pautar sempre pelas negociações”
Eleições
Sobre o processo eleitoral cuja data das eleições já foi marcada para 10 de Março de 2019, Aristides Gomes revela que o país já tem mais de 95 por cento dos eleitores inscritos o que é “largamente” suficiente para atingiu a realização das eleições “porque os países fazem eleições com até 51 por cento dos inscritos”
“Estamos a terminar a recolha de dados tanto no país assim como no estrangeiro mas temos uma convicção positiva porque atingimos mais de 95 por cento dos inscritos. Estando neste nível, já é uma questão ultrapassada”
E, sobre a presença de "pessoas estranhas" identificadas como técnicos para efectuar trabalhos técnicos, de origem Europeia, Aristides Gomes disse que o governo e os partidos políticos apenas reconhecem os dois técnicos enviados pela CEDEAO.
“Os técnicos estrangeiros foram formalmente apresentados aos partidos políticos e juntos trabalham para a viabilidade do processo eleitoral. Para nós o que continua é o processo que nos leva às eleições”, garante.
O primeiro-ministro disse à RSM que, os trabalhos de aumento da capacidade da memória do servidor no GTAPE, não têm nada a ver com os da introdução de dados.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Baió Dansó/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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