sábado, 1 de dezembro de 2018

CIDADÃOS INCONFORMADOS REPUDIAM DECLARAÇÕES DE POLÍTICO QUE ADMITE UMA GUERRA CIVIL NA GUINÉ-BISSAU

O porta-voz do Movimento de Cidadãos Inconformados com a crise política na Guiné-Bissau Lesmes Monteiro repudiou hoje as declarações do antigo ministro Sola Nquilin que falou na possibilidade de um conflito se as eleições legislativas forem mal organizadas.

Em conferência de imprensa, Lesmes Monteiro instou Sola Nquilin e todos os políticos guineenses a apresentarem aos cidadãos os seus projetos de desenvolvimento em vez de falarem de etnias, religião ou proferir ameaças de violência.

Também em conferência de imprensa, na quinta-feira, em Bissau, Nquilin, que falava em nome de um grupo de partidos que contestam a forma como decorre o recenseamento eleitoral, ameaçou que vão ocupar o Palácio da Presidência caso o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, não demita a ministra da Administração Territorial.

Os partidos que contestam o recenseamento acusam a ministra Ester Fernandes de promover fraude eleitoral.

O ultimato proferido por Sola Nquilin, dirigente do Partido da Renovação Social (PRS), dá um prazo ao Presidente guineense até terça-feira.

Ainda na quinta-feira e numa entrevista a uma rádio de Bissau, Sola Nquilin, que é deputado, voltou a reafirmar as ameaças e foi ainda mais longe, referindo que "se as eleições foram mal conduzidas, em decorrência do recenseamento mal organizado" a Guiné-Bissau "poderá ter uma guerra".

"Não haverá guerra aqui, guerra entre quem e quem", questionou o porta-voz do movimento de cidadãos conscientes e inconformados com a crise política.

Lesmes Monteiro disse que a sua organização não vai permitir que "qualquer partido" promova um novo golpe de Estado na Guiné-Bissau.

Para acabar com "o atual quadro nebuloso", Monteiro pede ao Presidente guineense que marque a data das eleições legislativas, que estiveram previstas para 18 de novembro e foram adiadas devido a problemas no recenseamento.

Conosaba/Lusa



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