O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) procedeu com a validação pública do relatório de estudo sobre “as Dinâmicas dos Fluxos Imigratórios dos Países da África Ocidental na Guiné-Bissau”
O encontro decorreu, esta quinta-feira (13/07), em Bissau, no auditório do INEP na presença do seu Director, Leopoldo Amado, quem presidiu o acto.
Na ocasião, segundo a Coordenadora do Centro de Estúdios Socioeconómico do INEP, Paulina Mendes, o maior número de imigrantes no país veio da vizinha Guiné-Conacri num total de 54 porcento contra 24 por cento do Senegal.
Mendes afirmou ainda que no país, 26 porcento dos imigrantes não possuem peças de identificação, o que constitui uma preocupação “enorme” em termos de segurança.
“A maior parte desses imigrantes é muçulmana e casados que frequentam a escola corânica “madrassa” e pagantes de contribuições fiscais. A faixa etária é de 25 a 34 anos”, explica.
A Coordenadora do Centro de Estúdios Socioeconómico do INEP foi ainda mais longe onde referenciou as características dos prédios construídos pelos imigrantes nas principais avenidas da capital Bissau, o que considera de “inaceitável” para um bom rosto do país.
“Principalmente da capital Bissau onde as construções em causa não têm nada a ver com as que deviriam ser construídas nas nossas avenidas”, critica.
Ela avançou ainda que a maior congregação dos imigrantes a nível nacional é na capital Bissau, que conta com mais de 50 porcento de imigrantes.
Já para o Director do INEP, Leopoldo Amado, o estudo vai fornecer informações “muito importantes” ao governo.
Do encontro saíram recomendações que apontam para a criação de um quadro transparente de legalização de imigrantes de modo a regularizar as suas situações de residência podendo assim organizar as suas actividades económicas e os seus investimentos.
Também os participantes recomendam a criação de um alto comissariado para imigração, isto é, para que se possa servir de interlocutor entre instituições estatais e Associações de Imigrantes e, poder ainda criar um espaço de convivência entre a população imigrada e população nacional.
O INEP contou, neste trabalho, com o apoio financeiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o trabalho teve a duração de três meses, isto é, Janeiro á Março do ano corrente.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Baió Dansó/radiosolmansi com Conosaba
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