terça-feira, 25 de julho de 2017

MERKEL: MAIS INVESTIMENTOS EM ÁFRICA PARA REFREAR MIGRAÇÕES


Sob o lema “Associação G20 África-Investindo num futur comum”, a chanceler alemã reúne, ao longo de dois dias, em Berlim, vários líderes africanos. Esta segunda-feira, Angela Merkel, reforçou a importância de alianças que permitam impulsionar o investimento privado, o crescimento económico e assim refrear os fluxos migratórios para a Europa.

Para a chanceler, é preciso ir mais além das tradicionais ajudas ao desenvolvimento.

“Se a falta de esperança é tão grande em África está claro que haverá jovens que acreditarão que devem procurar uma vida nova em outra parte do mundo. Se trabalharmos juntos para ajudar os vossos países também criamos mais segurança e podemos colocar um ponto final na atividade de pessoas que se aproveitam para lucrar de maneira ilegal com o destino dos outros”, disse Merkel aos líderes africanos.

No encontro, a chanceler alemã referiu que vários líderes africanos se queixaram de não receber ajuda militar para combater os grupos militantes de ideologia radical. Um argumento que serviu de base para Merkel afirmar que o desenvolvimento só acontece onde a segurança está garantida. Nesta linha, a chanceler desafiou as 20 economias mais industrializadas a ter maior abertura na transferência de armamento para os países africanos como parte do pacote de ajuda.

A conferência G20 África junta líderes africanos, banqueiros e investidores ocidentais. Em comunicado, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, sublinhou que se oferece aos países africanos “uma plataforma para entrarem em contacto com os investidores e aumentar a participação do setor privado em África.”

A proposta alemã foi apresentada no quadro da presidência rotativa do G20, exercida pelo país, e conta com o apoio do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Africano de Desenvolvimento. No encontro desta segunda-feira estiveram presentes os presidentes do Egito, Costa do Marfim, Gana, Ruanda, Senegal, Tunísia e Guiné Conacri.

Conosaba/pt.euronews.


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