O Governo cabo-verdiano estima diminuir a criminalidade na ordem dos 30%, com a instalação do sistema de videovigilância nas principais cidades, um projeto que será instalado pela empresa multinacional chinesa de telecomunicações Huawei.
O acordo para o projeto "Cidade Segura" foi assinado hoje e prevê a construção de um Centro de Comando Operacional, no bairro de Achada Grande Frente, na cidade da Praia, a instalação do sistema de videovigilância, de um sistema de alerta inteligente e de comunicação operacional integrado (voz, mensagens e dados).
Com o "Cidade Segura", o Governo cabo-verdiano pretende modernizar o modelo de gestão da segurança pública, introduzindo rapidez na resposta e levar a segurança aos cidadãos, com melhor eficiência e eficácia.
Na primeira fase, avaliado em 4.5 milhões de dólares, a videovigilância será instalada nas ruas da cidade da Praia até janeiro de 2018, para numa segunda fase, até final do ano próximo ano, chegar às vias públicas das ilhas de São Vicente, Sal e Boavista.
O acordo foi assinado entre o ministro da Administração Interna cabo-verdiano, Paulo Rocha, e o representante da Huawei, Gary Lee, que apontou como benefícios do programa a garantia de segurança, a existência de um comando e de um centro de operações unificado e a melhoria da gestão urbana.
"Todos estes benefícios aumentam a eficiência e asseguram a estabilidade social e o desenvolvimento económico de Cabo Verde", disse Gary Lee, manifestando o desejo de que a tecnologia da Huawei possa contribuir para ajudar Cabo Verde.
O centro de operações e de comando terá um único número (112) para atender qualquer emergência, seja médica, policial ou de bombeiros.
O ministro da Administração Interna disse que a implementação do projeto "Cidade Segura" vai mudar a forma como o país gere e encara a segurança urbana no dia-a-dia.
"Trata-se de um conceito de segurança moderno, assente na tecnologia e que a coloca ao serviço da segurança pública e das comunidades", salientou Paulo Rocha, dizendo que o projeto permitirá a modernização, eficiência e eficácia na resposta policial e rapidez no atendimento às pessoas.
Estimando diminuir a criminalidade em 30% com o projeto, o ministro sublinhou, por outro lado, que a atuação policial por si só não consegue dar as respostas que todos desejam.
Por isso, chamou atenção para o "sentimento crescente" de impunidade no país, apelando a todos para se debruçarem sobre o assunto e contribuírem na questão de segurança.
Segundo dados avançados em março pela Polícia Nacional, a criminalidade diminuiu 3,3% em Cabo Verde em 2016, mas registou-se um aumento de ocorrências nos dois maiores centros urbanos e comandos do país, com 0,9% em São Vicente e 0,1% na Praia.
Neste momento, o ministro indicou que há uma tendência para menos ocorrências e homicídios do que no ano passado, mas notou que tem acontecido crimes mais violentos no país.
O acordo foi assinado na presença do ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, e do presidente da empresa de telecomunicações cabo-verdiana CV Telecom, parceira estratégica e tecnológica do projeto.
Conosaba/Lusa
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