O Coletivo dos Partidos Democráticos, uma organização na qual integram o Partido Africano da Independência da Guine e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática (PCD), União para a Mudança (UM), Partido da Nova Democracia (PND), Partido de Solidariedade e Trabalho (PST) e o Movimento Patriótico (MP) apelou à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para responsabilizar o Partido da Renovação Social (PRS) por aquilo que o grupo considera a recusa do PRS em participar no diálogo de busca de saída da crise politica em curso no país.
Em conferência de imprensa, realizada esta terça-feira 2 de Maio em Bissau, o grupo destacou a recente proposta do Presidente da Assembleia Nacional Popular para saída da crise, em que o PRS ficaria com 12 pastas ministeriais, o PAIGC 18 pastas e o PND com uma pasta, uma proposta que não terá sido aceite pelo PRS.
O grupo refere, que “o PRS é o único partido que se recusa a participar neste diálogo pelo que deve ser também responsabilizado enquanto instituição que obstaculizar a implementação do Acordo de Conacri”.
Em relação aos 15 deputados expulsos do PAIGC, o Coletivo dos Partidos Democráticos lembra que o Acordo de Conacri, no seu ponto 10, estabelece o princípio de reintegração dos deputados em causa, e adianta que esta situação tem merecido a atenção da Direção do partido, tendo garantido tornar público as provas sobre as medidas tomadas e esforços feitos no cumprimento do acordo, mas avança que “os 15 têm declinado todos os convites da Direção do partido, alegando compromisso com o PRS, isto inclusive na presença da delegação da CEDEAO”, revelou o grupo.
Neste sentido, o Coletivo apela a maior ponderação dos 15 no espírito do cumprimento de Acordo de Conacri e o PRS no retorno à convivência democrática tomando parte nas iniciativas que visam a formação do novo Governo inclusivo e a elaboração de programa consensual que vai ser aprovado na Mesa Redonda de Diálogo Nacional.
Ao Presidente da República, o Coletivo dos Partidos Democráticos apelou à imediata nomeação de Augusto Olivais ao cargo do primeiro-ministro, iniciando assim a implementação do Acordo de Conacri.
Conosaba do Porto/© e-Global Notícias
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