Bissau - Os professores das escolas públicas da Guiné-Bissau iniciaram segunda-feira (15) uma greve geral de dez dias para reivindicar melhores condições laborais, incluindo a aplicação do Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Bunghoma Duarte Sanhá, porta-voz da comissão negocial dos dois sindicatos representativos dos professores, considerou que entre os 19 pontos que constam do caderno reivindicativo, a aplicação do ECD "é o principal, por ser a vida dos professores".
Os sindicatos, Sinaprof (Sindicato Nacional dos Professores) e Sindeprof (Sindicato Democrático dos Professores), exigem também do Governo a melhoria das instalações das escolas públicas.
"Em pleno século XXI, não se pode aceitar escolas em barracas", defendeu Bunghoma Duarte Sanhá.
As barracas não dignificam nem os professores, nem os alunos, disse o porta-voz dos sindicatos, indicando que as três negociações já realizadas com o Governo não permitiram a suspensão da greve como pretendia o executivo.
A agência Lusa constatou que as portas dos liceus Kwame Nhrumah, Agostinho Neto e o ciclo preparatório Salvador Allende, em Bissau, estavam encerradas, sem a presença de alunos e de professores.
Fonte do Ministério da Educação guineense disse à Lusa que o Estatuto da Carreira Docente ainda não entrou em vigor por estar a ser preparada a sua regulamentação legal, embora tenha sido aprovado em conselho de ministros desde 2016.
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