O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados entregou, esta terça-feira, uma acção judicial, no Tribunal Regional de Bissau, contra a proibição de manifestações por parte das autoridades nacionais
Segundo Sana Cante, presidente do colectivo, os inconformados com a actual situação política pretendem também levantar incidente de inconstitucionalidade do actual governo liderado por Umaro Sissoco Embalo porque “de maneira nenhuma não podemos estar a relacionar com um governo inconstitucional, um governo apenas de confiança do presidente da república numa clara desobediência da constituição da república da Guiné-Bissau”.
“Se estão a fazer ostentações com as proibições das manifestações devem entender, em primeiro lugar, quais as suas condições de legitimidade”, sustenta.
Sana Cante promete entrar, na quarta-feira (31/05), com uma outra acção crime, já no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), contra o chefe do governo pelo espancamento de Lesmes Monteiro, porta-voz do movimento, e contra a suposta infiltração de forças de segurança e do protocolo de Estado na manifestação do movimento que acabou com agressões entre policias e manifestantes.
“Portanto foram os próprios infiltrados que lançaram pedras contra os seus colegas polícias e em consequência disso os policiais reagiram como forma de legitimarem uso de força contra manifestantes civis”, acusa Cante que confirma estar na posse de mais de 40 por cento dos infiltrados na manifestação e, portanto, as provas serão usadas para responsabilizá-los criminalmente.
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados tem realizado marchas e vigílias para pedir a dissolução do parlamento e a renúncia do presidente da república.
No passado sábado (27/05) o movimento promoveu manifestação apoiada por outras organizações, que começou de rotunda de aeroporto internacional “Osvaldo Vieira” à centro de cidade, poucos metros da presidência da república.
Os marchantes pretendiam chegar a praça dos heróis nacionais, em frente a presidência da república, mas a manifestação acabou com agressões entre as forças de segurança e os manifestantes, onde foram lançadas gás lacrimogénio e alguns polícias e manifestantes foram feridos e alguns civis foram presos por algumas horas.
Na segunda-feira (29/05) o movimento fez um protesto silencioso em frente a presidência da república mais, de novo, foram dispersos pelas forças presentes no local.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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