Bissau - O líder do Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau, Alberto Nambeia, disse hoje, quinta-feira, não acreditar que as sanções internacionais contra políticos guineenses possam acabar com a crise no país, mas "complicar ainda mais" a situação política guineense.
Em entrevista a Rádio Jovem em Bafatá, no leste do país, Alberto Nambeia afirmou que, em vez de ajudar, as sanções contra dirigentes do país, poderão "complicar ainda mais a situação" de clivagem.
"Entendo que devia ser adoptado outro método, que passaria pelo incentivo ao diálogo e não aplicar sanções", referiu Nambeia, também um dos vice-presidentes do Parlamento guineense.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse que vai aplicar sanções aos políticos guineenses que estejam a dificultar o cumprimento do Acordo Internacional para acabar com o impasse político no país.
O prazo dado pela CEDEAO termina hoje.
No próximo dia 04 de Junho de 2017, a organização sub-regional tem uma cimeira de chefes de Estado e de Governo na Libéria.
Para o líder do PRS, ainda há espaço para promover diálogo entre as partes desavindas na Guiné-Bissau, sublinhando que a comunidade internacional e o Presidente do país, Mário Vaz, deveriam continuar a explorar vias para o entendimento, sem pensar nas sanções.
"Não creio que seja através de sanções que estaremos a adoptar o método correcto para resolver este problema, pelo contrário poderão complicar ainda mais a situação", sublinhou Alberto Nambeia.
O dirigente deu estas indicações à margem de uma cerimónia pública, na localidade de Contuboel, no leste da Guiné-Bissau, que marcou a adesão ao PRS do académico Tcherno Djaló, ex-candidato presidencial e actual conselheiro político do chefe do Estado guineense, José Mário Vaz.
Djaló anunciou, a semana passada, que deixou de ser militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Conosaba/angop.ao
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