O jornal última hora publicou na sua última edição que os três nomes propostos pelo presidente da república para o cargo do primeiro-ministro são todos indesejados pelos militares guineenses. A insatisfação demonstrada durante uma reunião de emergência entre o chefe de estado e os militares
Segundo o jornal os militares guineenses não querem o nome de Umaro Sissoko e segundo uma fonte militar contactada a determinação de José Mário em nomear Sissoko era “total” e quando tudo estava presente para a sua concretização, a classe castrense convocou uma reunião de emergência com chefe de Estado.
Ainda a mesma fonte consultada pelo jornal, na reunião até o ministro da defesa foi impedido de participar, porque “não queriam qualquer envolvimento político” e serviu a ocasião para “travar as intenções de José Mário Vaz”.
Os militares dizem ainda que Sissoko é visto como “desertor” e que enfrenta severas oposições para ser reconhecido como General na classe castrense guineense e desafiam ainda que fosse exibido um documento do Estado-maior, na qual se reconheceu a sua promoção para o cargo.
Um alto oficial contactado pelo jornal adianta ainda que quando foi colocada a questão sobre a nomeação de Sissoko o chefe de Estado e igualmente comandante em chefe de as Forças Armadas teria sustendo que foi o pedido recebido pelos chefes dos países amigos e sobre a possibilidade de financiamento destes mesmos países.
Entretanto, os militares lembram ao presidente da república ainda que se nomear Sissoko e entrar ajudas, por inerência, quem gere cofres de estado é governo, pelo que não devia falar em nenhum controlo.
Entretanto, segundo a mesma fonte, depois destas pressões, o presidente promete ponderar sobre a eventual nomeação daquele que nos últimos tempos “é a sua maior figura de confiança”.
Ainda os guineenses continuam a espera de um novo primeiro-ministro. Para continuar a mediação com vista a ultrapassar a crise política institucional que se verifica no país há mais de um ano, e na sequência dos Acordos de Bissau e de Conacri, chega ao país, na manhã deste sábado (05), a Presidente da Conferência dos Chefes do Estado e do Governo da CEDEAO e igualmente Presidente da Libéria, Ellen Johnson.
A Presidente Ellen Johnson chefia uma importante delegação composta pelo Ministro de Estado e Secretário-Geral da Presidência da Guiné Conacri em representação do Presidente Alpha Condé, pela Ministra dos Negócios Estrangeiros da Libéria, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Serra Leoa e ainda pelo Presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel de Sousa.
Ainda a delegação manterá contactos com o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz e com outras autoridades e atores chave do processo de mediação.
Igualmente o Movimento dos Cidadãos Conscientes de Inconformados promove no mesmo dia (sábado) uma vigília em frente a presidência da república para exigir uma medida “urgente para ultrapassar esta crise”. Numa entrevista exclusiva à Rádio Sol Mansi (RSM) o movimento pede ainda, caso continuar impasse na nomeação de um novo primeiro-ministro, a dissolução do parlamento e a convocação das eleições legislativas.
Os partidos continuam a divergir em relação ao acordo de Conacri enquanto o povo espera o fim desta crise política.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba
Imagem: Internet
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