Em declarações à agência Lusa, a presidente do Instituto do Cinema e Audiovisual da Guiné-Bissau, Djamila Gomes, referiu que a inclusão do filme no programa "é uma mostra de gratidão" pelo apoio que a iniciativa recebeu por parte da Embaixada de Portugal.
A presidente do Instituto do Cinema da Guiné-Bissau enalteceu a contribuição dada pessoalmente por Fábio Sousa, representante do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, em Bissau, para que a iniciativa possa ter lugar, lembrando ter partido deste a ideia de uma mostra de filmes ao ar livre.
"O incentivo para fazer este evento veio dele. Disse-me: não fique à espera de ter salas de cinema para exibir produtos nacionais", afirmou Djamila Gomes, contando os passos seguintes, até o representante do Camões disponibilizar um projetor para o evento.
Na Guiné-Bissau não existem salas de projeção de filmes, a não ser pequenas barracas de televisão nos bairros, que ora mostram telenovelas, jogos de futebol ou filmes em DVD.
Além do filme "A Selva", a mostra vai exibir trabalhos de realizadores guineenses, entre sábado e domingo.
Djamila Gomes, que foi recentemente nomeada administradora da cidade de Bafatá (leste), vai também aproveitar a mostra de cinema no Bissau-Velho para exibir fotografias em tamanho gigante do fotógrafo português Alfredo Cunha.
O autor visitou a ilha guineense de Bolama, onde captou momentos do dia-a-dia, e esteve também na cidade de Bafatá, onde fotografou o trabalho de mulheres nos campos de cultivo de arroz.
Djamila Gomes lamenta que Alfredo Cunha não possa estar em Bissau, mas regozija-se pelo facto de as suas fotografias serem exibidas com o patrocínio de um banco comercial.
A responsável disse ainda que vai incentivar o Governo e outros parceiros a levarem a mostra de filmes para o interior do país.
MB // VM
Lusa/Fim
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