Hoje, ninguém pode negar que o país não largou às amarás rumo ao desenvolvimento. As eleições foram realizadas e delas uma maioria se destacou. O governo dirige numa conjuntura precária, mas nota-se que ele está presente, ativo e combativo.
É verdade que muitos desejam um arranque supersônico, porque o tempo perdido não se recuperará. Também é latente que a conjuntura atual não favorece. A crise está presente e ela atinge, sem distinção, todos os países.
A mesa redonda de que esperavam todos os guineenses, foi um sucesso embora não resolverá todos os problemas. Sem rastos de dúvidas que ajudará a tirar a cabeça fora d'água para melhor respirar. Como sempre disse nas minhas linhas publicadas, trata-se de dívida, a mesa redonda. Quem empresta, deve um dia pagar. No passado nunca fomos bons pagadores.
Desta vez, o nosso arranque, que seja mesmo o de um cágado, não deve ter interrupções ou pausas intempestivas. Quando o país atingir a velocidade de cruzeiro, uma simples pausa o será fatal.
Resta o governo consolidar a sua estatura autoritária, para que todos os guineenses, sem distinção qualquer, compreendam que a impunidade já não tem lugar e já é coisa do passado. Que qualquer um é passível de prisão se cometer erros. Um Estado de direito é um Estado com uma justiça funcional, imparcial e independente. É notório que houve crimes que esperam a reação das autoridades para ser julgados. É evidente que algumas famílias esperam a resolução desses processos pendentes e quentes de natureza, porque se trata de crimes de sangue. Alguém poderá alegar que não é oportuno e que ainda é cedo para desenterrar essa brasa que risca de queimar os dedos. Um outro poderá julgar que o tempo é de apaziguar, para que a tenção baixe. O que não devemos esquecer, é que sem um governo ousado, sem um governo forte, capaz de atacar os processos, neste momento do campeonato, haverá o risco de nunca mais serem julgados, tais crimes.
A falta de ousadia dos anteriores governos em julgar os crimes perpetrados, fez deles governo criticado, para não dizer governo acusado ou cúmplice.
O governo deve por dever e direito acionar as alavancas necessárias, para que os culpados se sintam encurralados. Ele deve dar um sinal forte, para que ninguém ouse, em nome de não sei o quê, cometer crimes e julgar que será impune.
A força do governo está na forma como atacará os problemas, rumo ao desenvolvimento e tudo isso se fará com uma estrutura judicial de betão, capaz de suportar choques de toda a natureza. Quando um criminoso circula na praça, aos olhos e a sombra das pessoas, isso significa que cedo ou tarde haverá vingança, esquecendo que ninguém tem o direito de fazer justiça com as suas próprias mãos.
Num Estado de direito, o Ministério Público deve dotar-se de logística que o permite perseguir qualquer cidadão a partir do momento que essa pessoa não seja protegida por uma imunidade, que seja ela diplomática, parlamentar ou outra.
Não devemos esquecer que qualquer cidadão pode perder a sua imunidade para responder perante um tribunal.
Nesta legislatura que começou, todos os projetos merecem, com urgência, ser atacados. Urge se desenvolver, num ambiente sã e sereno. Todo e qualquer laxismo será visto como fraqueza, inação e tudo isso meterá em causa a credibilidade do executivo. Eu tenho confiança que o governo não vacilará. O futuro nos dirá de que matéria é feito este governo. Se é de pau, ferro ou aço.
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